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Grafitagem será usada para alertar sobre os males do tabaco

quinta-feira, 16 de abril de 2009 - 10:01 - Fotos: 

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, realizará mais uma ação com objetivo de prevenir, alertar e conscientizar a população sobre os malefícios do fumo. Desta vez o trabalho será em parceria com a Secretaria da Saúde de João Pessoa, Agência Estadual de Vigilância Sanitária, Agevisa e com os profissionais que trabalham com a grafitagem.

O lançamento do projeto acontecerá nas 09h00 desta sexta-feira, 17, no auditório da Agevisa. Na oportunidade, segundo informou a gerente operacional do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, Lourdes de Fátima Sousa, os participantes irão conhecer todas as etapas do projeto e os locais aonde poderão desenvolver o seu trabalho.

Ela explica que a Secretaria de Estado da Saúde espera que os grafiteiros se tornem mais um aliado nas ações de combate e prevenção ao fumo, divulgando nos muros e em diversos locais de grande visibilidade e de fluxo de pessoas na Capital os malefícios que o tabaco provoca no organismo humano. “Vamos usar a arte contra o tabagismo e incentivar a participação popular por meio da escolha e premiação das três primeiras artes selecionadas”, explicou Lourdes de Fátima.

De acordo com dados do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, a Paraíba possui 750 mil fumantes, mas as campanhas têm conscientizado boa parte da população e o percentual de fumantes apresenta redução. O Estado é pioneiro em ações antitabagismo.

Segundo Lourdes de Fátima Sousa, o índice de fumantes na Paraíba há alguns anos era de 30% e hoje reduziu-se para 19% graças às campanhas de conscientização que estão sendo realizadas no dia-a-dia. Ela explicou que a campanha dos ambientes livres de cigarro, iniciada em 2006, tem surtido efeito positivo, pois a grande maioria dos estabelecimentos está respeitando a Lei Federal 9.294/96, que proíbe o fumo em ambientes fechados.

Em 2008 foram registrados 196 casos de câncer de pulmão, 37 de boca, 49 de laringe, 48 de faringe e 205 de casos de câncer de estômago. Segundo Lourdes de Fátima Sousa, o fumante cria rotinas para fumar, faz associações com determinadas atividades e hábitos, tais como: dirigir e fumar, falar ao telefone e fumar, ir ao banheiro e fumar, tomar cafezinho e fumar e fumar antes de dormir.

Em quase todas essas situações, o fumante acende o cigarro automaticamente, sem perceber, sendo comum acender um cigarro e não se dar conta de que já tinha outro aceso. O organismo da pessoa que fuma fica acostumado a receber diariamente uma quantidade de nicotina. Quando ela deixa de fumar, o organismo sente a ausência dessa substância. É comum que o fumante sinta a irritabilidade, tristeza, dor de cabeça, ansiedade, tonteira, alteração no sono, alteração no funcionamento intestinal e inquietação.