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Governo do Estado investe na conclusão de projeto de irrigação

terça-feira, 14 de abril de 2009 - 12:00 - Fotos: 

O Governo da Paraíba e o Ministério da Integração Nacional (MIN) estão elaborando um novo plano de trabalho para assegurar a conclusão do Projeto de Irrigação das Várzeas de Sousa. De acordo com o secretário da Infraestrutura e da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Francisco Jácome Sarmento, serão necessários recursos da ordem de R$ 47 milhões, do MIN, para a concluir todo o projeto. A meta é concluir esta etapa final no primeiro semestre de 2010 para que comece efetivamente a funcionar os primeiros 1.000 hectares irrigáveis. Nas obras de infraestrutura do perímetro com área superior a 5 mil hectares já foram aplicados até agora R$ 200 milhões.
 
Das obras necessárias constam a recuperação do revestimento do Canal da Redenção, que tem extensão de 37 quilômetros; o fornecimento de equipamentos de irrigação para pequenos produtores, dentre outras ações. Uma vez concluída esta última etapa de obras, a operacionalização do projeto de irrigação se tornará autônoma. O perímetro será administrado pela iniciativa privada e pelos pequenos produtores que já atuam na área.
 
De acordo com o secretário Francisco Sarmento, o projeto de Irrigação das Várzeas de Sousa teve sua construção iniciada no primeiro Governo Maranhão. Infelizmente, nos últimos seis anos, as obras praticamente não avançaram, somente tendo sido retomadas em 2006 com o lançamento pelo governo federal do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
 
A situação atual do projeto Várzeas de Sousa é a seguinte, de acordo com Sarmento: As prestações de contas de três parcelas do orçamento de 2007 (R$ 15 milhões divididos em três de R$ 5 milhões), ainda não foram efetuadas. Outro fato é que o projeto original foi modificado. Uma área de 1000 hectares foi doado ao INCRA e um leilão de terras levou uma única empresa a arrematar cerca de 40% da área do perímetro. Houve uma espécie de reforma agrária às avessas na região, implicando em mudanças radicais no layout do projeto, destacou o secretário.
 
Concluídas todas as obras pendentes, acontecerá a efetiva operacionalização do perímetro, quando o Governo o tornará autônomo. De forma organizada, os pequenos produtores e lotes empresariais passarão a produzir e administrar o perímetro, arcar com as despesas necessárias ao seu funcionamento. Neste momento sairá de cena a máquina estatal (Governos Federal e Estadual). Este é o objetivo daquele projeto de agronegócios que terá auto sustentabilidade, gerando renda e milhares de empregos nas Várzeas de Sousa. A produção de frutos, legumes, verduras e outros produtos no perímetro vai proporcionar profundas mudanças na economia da região polarizada por Sousa.