Ações e obras na área de Saúde são prioridades no Governo da Reconstrução. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Secretaria de Comunicação, o secretário José Maria de França anunciou que em apenas três grandes projetos serão investidos R$ 418 milhões, sendo R$ 238 milhões em obras e equipamentos de 35 complexos hospitalares; R$ 100 milhões na implantação da Rede Estadual de Urgência e Emergência, e outros R$ 80 milhões na conclusão das obras físicas e na aquisição de equipamentos do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande.
De acordo com o secretário José Maria de França, entre as 35 obras inacabadas nas diversas regiões da Paraíba e outros projetos constam a construção da Unidade Mista de Belém do Brejo do Cruz, Cacimba de Dentro e de Itapororoca; Hospital Regional de Pedras de Fogo; Hospital Geral de São Bento; construção do Hospital Regional de Itabaiana; conclusão da Maternidade de Condado; ampliação e reforma do Centro de Saúde Especial de Jaguaribe (antigo PAM); reforma e ampliação do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de Mamanguape; ampliação e reforma do Hospital Regional de Monteiro; reforma e ampliação da Maternidade de Patos; reforma e ampliação do Hospital Distrital de Pombal, e ampliação e reforma do Hospital Ovídio Duarte, de Serraria.
Ainda serão investidos recursos na reforma e ampliação do Hospital de Taperoá; pintura e colocação de grades no Hemonúcleo de Picuí; reforma e ampliação do Hospital de Picuí; reforma e ampliação do Hospital de Sumé; conclusão da ampliação e reforma do Hospital Regional de Cajazeiras; reforma e ampliação do Setor de Resíduos Sólidos do Hemocentro de João Pessoa; reforma da fachada do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, na capital, e ampliação e reforma da lavanderia do Hospital Regional de Sousa. Alguns desses hospitais serão inaugurados ainda este ano.
Para prestar uma assistência qualificada à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), o Governo aplicará recursos da ordem de R$ 100 milhões na implantação da Rede Estadual de Urgência e Emergência da Paraíba, constituída por cinco complexos hospitalares localizados em João Pessoa, Campina Grande, (Hospitais de Emergência e Trauma) e os Hospitais Regionais de Patos, Sousa e Cajazeiras. Serão hospitais especializados em alta complexidade, sendo referência para o atendimento aos casos de maior emergências. De acordo com José Maria de França a rede terá um amplo programa de humanização junto à população e uma central de regulação objetivando a eficiência do fluxo atendimento nos hospitais. A rede vai descongestionar os hospitais de João Pessoa e Campina Grande. O Estado colocará em funcionamento Unidades de Hemodiálise em Guarabira (voltar a funcionar), Monteiro e Cajazeiras.
Quanto ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande o Governo do Estado investirá R$ 80 milhões na conclusão de suas obras físicas e na aquisição e instalação dos equipamentos. A obra física está com 70% dos trabalhos executados. A inauguração deve ocorrer ainda este ano beneficiando mais de 1 milhão de pessoas. O hospital terá 266 leitos e será maior do que o Trauma de João Pessoa. A previsão é de que o funcionamento se concretize a partir de março de 2010.
Um outro tema abordado pelo secretário José Maria de França foi a nova pactuação para melhorar a assistência de saúde. Até dezembro será implementada a Programação Pactuada Integrada (PPI). A última pactuação foi realizada em 2001. O Governo tem como meta ampliar a regionalização da saúde, qualificar os atendimentos disponíveis nos pólos regionais, readequar e distribuir da melhor forma possível os recursos do SUS. A idéia central é reduzir ou acabar com a prática da “ambulancioterapia”. A PPI foi estabelecida em 1996 pela Norma Operacional Básica.
José Maria de França falou, ainda, sobre a reformulação do Programa de Medicamentos Excepcionais e de alto custo. O Governo quer garantir o resgate do respeito à vida não permitindo a falta de medicamento excepcional ao cidadão cadastrado no programa. Criado em 1993, pelo Ministério da Saúde, o programa foi ampliado e na Paraíba coube ao atual governador esta ampliação. A Secretaria Estadual de Saúde dispõe do Centro Especializado de Medicamentos Excepcionais (Cedmex) que cuida exatamente desta área. O Cedmex hoje já dispõe de cerca de 90% dos medicamentos solicitados pelos pacientes.
Pacto pela redução da mortalidade infantil – Um convênio a ser celebrado entre os governos da Paraíba e do Canadá propiciará o treinamento/capacitação dos gestores públicos de saúde no estado. Um grande evento será realizado pelo Governo do Estado no próximo dia 07 de maio, quando o governador José Maranhão também reunirá os municípios paraibanos para assinatura de grande pacto pela redução da mortalidade infantil na Paraíba. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, deverá estar presente.
O secretário José Maria de França revelou que uma agenda de trabalho será definida com os 21 municípios paraibanos detentores das maiores taxas de mortalidade infantil. A proposta do pacto “Uma Paraíba melhor e mais cidadã” é reduzir em até 10% a mortalidade infantil, dentro do compromisso estabelecido recentemente entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os nove governadores do Nordeste.
Um termo de compromisso será assinado pelos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sapé, Mamanguape, Cajazeiras, Monteiro, Guarabira, Sousa, Cabedelo, Queimadas, Esperança, Areia, Alagoa Grande, Princesa Isabel, Taperoá, Itabaiana, Alhandra e Juazeirinho, tendo como meta prioritária a promoção de ações integradas visando à redução em 5% ao ano da taxa de mortalidade infantil.
Em 2007, dado mais recente, a média brasileira era de 19,3 mortes para cada mil nascidos vivos. Na Região Norte, alcançava 21,7 por mil e, no Nordeste, 27,2 por mil.
O governador José Maranhão determinou a elaboração de um plano executivo que comungue esforços junto aos gestores municipais de saúde da Paraíba, viabilizando avanços na atenção obstétrica e neonatal. Com a elaboração desse plano, os municípios terão as diretrizes para alcançar as metas estabelecidas no pacto.
Governo atua para evitar epidemia após enchentes em Patos
O Governo do Estado está tomando todas as providências para evitar que as famílias atingidas pelas chuvas que caíram na cidade de Patos sejam contaminadas por algum tipo de doença infectocontagiosa. Para que os trabalhos de vacinação sejam realizados em menor espaço de tempo, equipes médicas de João Pessoa e Campina Grande estão se integrando ao local e outros municípios também já estão se oferecendo para prestar socorro às vitimas e com isso evitar uma epidemia.
A informação é do secretário José Maria de França, da Saúde, que juntamente com outros auxiliares do Governo do Estado estão empenhados no acompanhamento dos trabalhos de primeiros socorros das famílias atingidas pelas chuvas de Patos. O próprio governador José Maranhão foi à cidade para inspecionar os trabalhos das equipes e prestar solidariedade à população desabrigada.
O secretário informou que oito equipes do Programa Saúde da Família (PSF) estão na cidade prestando a assistência de emergência, mas já vai começar a vacinação das famílias atingidas para evitar que peguem algum tipo de doença. “Há um risco das pessoas serem contaminadas devido a situação em que se encontram. O trabalho é emergencial para evitar uma epidemia”, comentou.
