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Hemocentro da Paraíba lembra Dia Mundial da Hemofilia

terça-feira, 17 de abril de 2018 - 17:30 - Fotos: 

ses hemocentro dia mundial da hemofilia 5 270x191 - Hemocentro da Paraíba lembra Dia Mundial da HemofiliaPalestras educativas, apresentação de um teatro de fantoche, distribuição de pipoca e algodão doce, além de um lanche especial marcaram as ações alusivas ao Dia Mundial da Hemofilia no Hemocentro da Paraíba. O momento festivo aconteceu, na manhã desta terça-feira (17), reunindo pacientes atendidos pela instituição e seus familiares.

 

Para a diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Luciana Gomes, esta foi mais uma oportunidade para lembrar a todos os portadores de hemofilia que eles podem ter uma vida normal, plena de alegria e conquistas. A diretora ressaltou ainda que deseja manter o diálogo constante com os portadores de hemofilia e associações que ajudam no tratamento da doença. “O Hemocentro da Paraíba é uma instituição de portas abertas para acolhê-los e prestar toda assistência necessária”, pontuou Luciana Gomes.

 

Para o pequeno Hyan Cleber, de apenas 7 anos, o tratamento que recebe no Hemocentro desde 2017 garante uma vida repleta de desafios. “Eu gosto de andar de bicicleta de jogar bola. Quase todo dia eu brinco com meus amigos e nem me lembro da doença”, afirmou. A mãe de Hyan, a dona de casa Lucilene Soares, explica que o cuidado diário é com a aplicação do fator VIII que previne acidentes hemorrágicos.

 

A médica hematologista Sandra Sibele esclarece que hemofilia é uma doença genética hereditária que se caracteriza pela falta de fator de coagulação no sangue, responsável pelo controle das hemorragias. A doença tem dois tipos mais comuns: Hemofilia tipo A, devido à deficiência do Fator VIII, e a Hemofilia tipo B, em função da deficiência do Fator IX, ambas afetam principalmente os homens.

 

O Hemocentro da Paraíba é o centro de tratamento da hemofilia no Estado. A instituição é a única onde o resultado para o diagnóstico da doença sai em apenas 24 horas, segundo a médica Sandra Sibele. A unidade de saúde também dispõe de uma equipe multidisciplinar (assistente social, fisioterapeuta, odontologia e psicologia) para atender os portadores da doença.

 

Segundo Euciclenio de Souza Soares, de 38 anos, portador da hemofilia e em tratamento da doença desde criança, a oferta de fatores de coagulação para as pessoas com a doença trouxe melhorias na qualidade de vida, garantido a quem faz o tratamento ficar livre de episódios hemorrágicos, dores e hematomas. “Uso o fator de coagulação VIII pelo menos três vezes na semana. Isso me garante ter uma qualidade de vida melhor”, declarou.

 

O presidente da Federação Brasileira dos Hemofílicos e da Sociedade de Hemofílicos da Paraíba, Elias Marques Ferreira, também explicou que a doença é hereditária estando relacionada ao cromossomo X, que está presente em todos os grupos étnicos e lugares do mundo. É transmitida por um homem hemofílico ou por uma mulher portadora do gene com essa informação, aos seus descendentes.