“Como cuidar de forma mais humanizada de pessoas em sofrimento mental autoras de delitos” é o tema da oficina que a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Coordenação de Saúde Mental, está realizando para agentes penitenciários, coordenadores do sistema prisional e profissionais de saúde que trabalham dentro das unidades prisionais. O encontro está acontecendo nesta sexta-feira (23), no auditório do Juliano Moreira, na capital, das até as 17h.
“Durante todo o dia, vamos apresentar a história da loucura; reforma psiquiátrica e Política Nacional de Saúde Mental. Hoje, acontece nosso primeiro encontro, mas a ideia é ter uma educação continuada para que possamos manter este importante espaço de diálogo”, disse o psicólogo e técnico da Saúde Mental, Lucílvio Silva.
Estiveram presentes profissionais das penitenciárias do Róger; Sílvio Porto; PB1; Manicômio Judiciário, em João Pessoa; Penitenciária Padrão e Serrotão, de Campina Grande; e Presídio Padrão, de Santa Rita.
A coordenadora de Saúde Prisional da SES, Isadora Araújo, falou que é muito importante um momento como este. “Tanto os agentes como os profissionais de saúde têm necessidade de se aprofundar nessa área. E foi justamente levando em consideração esta necessidade que foi preparada esta oficina”, explicou.
“Esta oficina é muito importante porque possibilita que a pessoa tenha uma visão mais ampla das coisas que acontecem no nosso dia a dia”, observou o agente penitenciário e diretor adjunto da Penitenciária de Santa Rita, Eliézer Júlio.
Já a enfermeira do PB1, Emmanuella Costa, define a oficina como um momento de desconstrução. “É muito bom porque a gente passa a ter um olhar mais holístico, ou seja, tentar desconstruir a ideia de justiça e ver o paciente como um todo”, frisou.
Os palestrantes são Lucílvio e a psicóloga da UFPB, Raquel Lauritzen, que atende na psiquiatria do HU. “Um dos temas que apresentarei será “justiça restaurativa” que se contrapõe ao modelo atual. É uma forma de se conectar com nossa essência humana, com interatividade”, falou.
