Cerca de 10 representantes da área técnica e administrativa da Cruz Vermelha começaram a executar nesta quinta-feira (7) o projeto de pactuação assinado com o Governo do Estado para gerir o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. O secretário de Estado da Saúde, Waldson Souza, esteve na unidade e presidiu uma reunião com a instituição, diretores e funcionários para apresentar o projeto e estabelecer metas nos próximos seis meses.
Segundo o secretário, todos os servidores, prestadores ou não, passarão por um processo de avaliação. “O governo, pela primeira vez, vai regularizar a situação funcional de quem está no Trauma desde 2001”, adiantou.
Entre as metas discutidas, estão a diminuição do tempo na realização de cirurgias de emergência em pacientes com risco eminente de vida de oito dias para 60 minutos, depois de estabilizados e a diminuição da mortalidade no ato cirúrgico para 0,7%. Outra meta discutida foi a diminuição nas taxas de mortalidade em menos de um óbito para cada 100 cirurgias e a diminuição do tempo de internação de 30 dias para menos de 15, entre outras.
Waldson Souza disse que o projeto de pactuação prevê ainda o acesso qualificado aos serviços de urgência e emergência do Trauma, o acolhimento aos usuários, o retorno ao perfil do hospital – que é o de atender às vítimas de urgência e emergência – e aumento no número de cirurgias de emergência em 30% no período de três meses. Outro projeto é o do processo de certificação chamado Acreditação, uma espécie de Iso na área hospitalar concedido por órgãos como o Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outros, a hospitais com excelência no atendimento.
“No Brasil, poucos hospitais públicos têm essa certificação, mas com muita determinação, queremos alcançar essa meta dentro de 12 meses. Os hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês possuem essa certificação”, destacou o secretário.
Após a reunião, os funcionários da Cruz Vermelha realizaram uma visita interna aos setores do hospital, como a engenharia biomédica, central de esterilização de medicamentos, laboratório, comissão de controle de infecção hospitalar, recursos humanos, contas médicas, entre outros, para interação com os funcionários e para a execução das primeiras medidas.
O gestor do projeto do Trauma e consultor da Cruz Vermelha, Edmund Gomes, disse que espera trazer de volta a credibilidade com um bom atendimento à população. Dentro das metas pactuadas, ele adiantou que o projeto trará o aumento na produtividade funcional e melhorias nas condições de trabalho, pois o hospital tem todas as condições para isso.
“Fiquei impressionado com a limpeza, a qualidade dos equipamentos, e principalmente, os cuidados aos pacientes adotados pelos funcionários. Os hospitais públicos precisam ser trabalhados como se fossem privados, seus. Esperamos desenvolver também um trabalho de relacionamento à população sobre o perfil do hospital”, disse.