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Ação rápida de operários evitou colapso no abastecimento d’água na Grande João Pessoa

quinta-feira, 21 de julho de 2011 - 17:13 - Fotos: 

Duas caçambas de areia, quatro sacos de cimento, 100 tijolos e muita presença de espírito e força de vontade. Esses foram os ingredientes utilizados por técnicos da Cagepa para evitar um colapso total no sistema de abastecimento d’água que poderia durar até um mês nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, além do distrito de Várzea Nova, em Santa Rita.

Segundo o engenheiro eletricista Dailton Uchôa, gerente de Gestão de Energia da Diretoria de Operação e Manutenção da Cagepa, o colapso só foi evitado porque os técnicos agiram rápido e evitaram que o transbordamento do Rio Gramame destruísse a estação elevatória de água bruta da barragem de Gramame.

“Chovia muito na madrugada de sábado para domingo, quando um de nossos operadores de manutenção percebeu o risco de inundação da elevatória, em virtude do transbordamento do rio. De imediato, ele acionou o encarregado pelo setor que, temendo uma tragédia, providenciou duas caçambas de areia para proteger o portão de acesso à casa de máquinas da estação. Depois disso, o presidente da Cagepa foi acionado e, por volta das 6h de domingo, chegou em Gramame e assumiu, pessoalmente, o controle da operação”, contou Dailton Uchôa.

O servidor que teve a ideia de proteger o portão da casa de máquinas da elevatória, Amilca Ferreira, disse que, ao chegar em Gramame, o presidente da Cagepa sugeriu a construção de uma mureta para impedir que a água chegasse à casa de máquinas.

“A água subia muito rápido. Num primeiro momento, a barreira de areia funcionou, porém não suportaria mais por muito tempo. Acionamos o pessoal da Sanccol (empresa terceirizada que presta serviço à Cagepa) e, em menos de uma hora, erguemos a mureta, que foi essencial para evitar que a casa de máquina fosse atingida”, lembra Amilca Ferreira.

O engenheiro Uélio Joab Viana, que naquele momento respondia interinamente pela Gerência Regional da Cagepa no Litoral, disse que se a casa de máquinas tivesse sido inundada, mais de 700 mil pessoas ficariam sem fornecimento d’água por cerca de 90 dias.

“A estrutura da estação de Gramame é muito maior do que a de Marés. Os equipamentos de Gramame são de grande porte, o que levaria muito tempo para consertá-los. Graças à perspicácia dos nossos técnicos, felizmente, a Grande João Pessoa se livrou de um colapso no abastecimento jamais visto na história”, enfatizou o engenheiro.

Precaução - O presidente Deusdete Queiroga anunciou que o setor de engenharia da Cagepa já está elaborando um projeto para evitar futuras inundações nas estações elevatórias da barragem de Gramame. Quanto às estações de Marés, que foram inundadas em virtude do transbordamento da barragem, ele informou que obras preventivas já terão início nesta quinta-feira (21).