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Saúde discute em seminário novas recomendações para o controle da tuberculose

segunda-feira, 18 de julho de 2011 - 19:02 - Fotos: 
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Seminário acontece no Hotel Village em João Pessoa.Foto: Secom-PB

As novas recomendações para o controle da tuberculose no Brasil, publicadas ano passado, foi o tema principal do Seminário Estadual de Manejo Clínico da Tuberculose, que está sendo realizado nesta segunda (18) e terça-feira (19), no Hotel Village, na Praia de Tambaú, em João Pessoa. O evento reúne médicos e enfermeiros, preferencialmente de atenção básica e/ou de referências secundárias para tuberculose e está sendo organizado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose/SVS do Ministério da Saúde e pelo Programa Estadual de Controle da Tuberculose na Paraíba.

De acordo com Jorge Rocha, do Projeto Management Siences For  Health (MSH, entre as recomendações está o novo esquema de tratamento da doença. Na primeira fase, ao invés de quatro comprimidos, a dosagem agora é de apenas um e, dependendo da faixa e peso do paciente, ele pode tomar de dois a quatro comprimidos.

Jorge Rocha alertou que para qualquer sintoma da doença, a exemplo de tosse  há mais de três semanas, o paciente deve procurar  a unidade de saúde mais próxima de sua residência e se for diagnosticado  tuberculose deve tomar diariamente os remédios e não abandonar o tratamento.

Ainda durante o seminário, os profissionais de saúde da atenção básica receberam orientação sobre o manejo correto dos casos de tuberculose. “Os casos devem ser diagnosticados precocemente e adequadamente tratados, principalmente de forma supervisionada pelo profissional de saúde para aumentar a taxa de cura e reduzir a taxa de abandono de tratamento” explicou Jorge Rocha.

A Paraíba é um dos Estados com maior índice de investigação da doença com 70% dos casos investigados. A meta da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde é atingir 85% da cura e menos de 5% do abandono para que se possa conseguir o controle da tuberculose. Na Paraíba, em 2009, o Estado conseguiu 62% de cura e 8% de abandono. “Para conseguirmos reduzir ainda mais esses índices, o Estado deve estimular as prefeituras e municípios a dispor de meios para diagnóstico e a estrutura para a realização do Tratamento Diretamente Observado (DOT)”, afirmou Jorge Rocha.

Segundo a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas da SES, Mauricélia Holmes, a Secretaria de Estado da Saúde vem mantendo parcerias com os municípios a fim de qualificar os profissionais da atenção básica de saúde para o diagnóstico, tratamento e controle da tuberculose.