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Consultor do MS fala da necessidade se criar “cidades saudáveis”

quarta-feira, 9 de setembro de 2009 - 17:32 - Fotos: 

“A falta de saneamento básico, o desmatamento, o crescimento desordenado das cidades e a poluição das águas, do solo e do ar estão mais relacionados à saúde das pessoas do que se pensa. Áreas como infraestrutura, meio ambiente e saúde precisam trabalhar juntas para criar ‘cidades saudáveis’ e não ficar correndo atrás de curar doenças que poderiam ser evitadas”. A afirmação é do consultor técnico do Ministério da Saúde, Eric Fischer, um dos expositores da 3ª Conferência Macrorregional de Saúde Ambiental, que acontece até esta quinta-feira (10), no Hotel Ouro Branco, em João Pessoa.

O evento é uma preparação para a I Conferência Estadual de Saúde Ambiental, que será realizada nos dias 22 e 23 de outubro. Desde o último dia 25, os governos do Estado e Federal – com a participação dos municípios, de movimentos sociais, de trabalhadores, do setor empresarial, universidades e organizações não-governamentais – estão discutindo as diretrizes que devem nortear as políticas públicas da área de saúde ambiental, com a realização de conferências regionais.

As reuniões já aconteceram em Sousa, Patos e, agora, na primeira macrorregional, que integra 56 municípios das regiões do Litoral e Brejo. O próximo passo será dado nesta sexta-feira e sábado (11 e 12), quando acontece a Conferência Intermunicipal, em João Pessoa, agregando as cidades que compõem o Colegiado Regional do Atlântico, que são a Capital, Bayeux, Caaporã, Pitimbu, Lucena, Conde, Cabedelo e Alhandra.

Na próxima semana (dias 14 e 15), em Lagoa Seca, deverão se reunir representantes dos 70 municípios que compõem a 2ª macrorregional de saúde, que têm como cidades-pólos Campina Grande, Cuité e Monteiro. As conferências estão sendo realizadas pelo Governo do Estado (através das secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Infra-Estrutura), em parceria com os ministérios das Cidades, Saúde e Meio Ambiente.

Qualidade de vida – A secretária-executiva da Saúde do Estado, Lourdinha Aragão, participou da abertura da 3ª Conferência Macrorregional, na manhã desta quarta-feira, na Capital, e destacou a importância da elaboração de políticas públicas integradas para resolver os problemas ligados à saúde ambiental.

“Os ministérios das Cidades, Saúde e Meio Ambiente sabem que os impactos ambientais – a maioria decorrente da ação do homem – têm produzido doenças nas pessoas. Daí, a importância de se estudar e discutir a saúde ambiental. A organização de eventos como esse, que contam com a participação dos municípios, é importante porque, além da troca de experiências, tem-se a oportunidade de se traçar diretrizes que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas”, disse Lourdinha.   

Eric Fischer, consultor técnico do Ministério da Saúde, fez uma exposição sobre temas ligados à saúde ambiental e enfatizou que as ações só terão eficácia, se forem realizadas de forma conjunta. “Queremos construir territórios saudáveis para que daqui a 70/80 anos não tenhamos mais problemas de saúde gerados pela degradação do meio ambiente. Para reverter esse quadro, estamos buscando a prevenção. Os postos de saúde estão abarrotados de pessoas com diarréias, verminoses e outras doenças, que poderiam ser evitadas com obras de infra-estrutura e combate à poluição, por exemplo. Queremos promover a saúde para não precisar tratar do doente”, afirmou.

Mobilização social – A 3ª Conferência Macrorregional termina nesta quinta-feira com a plenária final e indicação de 59 delegados. As conferências servem para escolher os delegados e traçar as diretrizes a serem discutidas durante a Conferência Estadual de Saúde Ambiental, em outubro. Até agora, foram escolhidos 43 delegados de um total de 324, que farão parte da conferência estadual e de onde sairão apenas 29 para representar a Paraíba na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental, de 15 a 18 de dezembro, em Brasília (DF).

Participaram da mesa de abertura dos trabalhos desta terceira conferência, Lourdinha Aragão, Cleane Toscano (gerente-executiva de Vigilância em Saúde da SES), Lindenberg Medeiros (professor da UFPB e membro da comissão organizadora da conferência estadual), Rosiani Videris (secretária de Saúde de Cruz do Espírito Santo e representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba), Maria Aparecida Rodrigues de Amorim (prefeita de São José dos Ramos e representante dos prefeitos da 1ª Macrorregional de Saúde) e Ronilson José da Paz (superintendente do Ibama na Paraíba). 

Da Assessoria de Imprensa da SES-PB