Uma oficina com formação em comunicação preparou profissionais da área de saúde para lidar, diante da mídia, com o tema da violência doméstica e sexual contra a mulher e o adolescente.
Realizado no Espaço Cultural, em João Pessoa, nestas quinta e sexta-feira (17 e 18), o curso foi direcionado a médicos que coordenam equipes hospitalares, profissionais que chefiam serviços diversos da área de comunicação social, que atendem diretamente o público, ou que têm potencial para desenvolver o papel de porta-vozes em instituições de saúde. Eles foram público do treinamento por serem os profissionais mais solicitados a falar com a imprensa.
O objetivo foi prepará-los para abordar sem preconceitos e tabus assuntos considerados complexos.
“Temos que estar preparados para lidar com a mídia de uma forma mais eficaz para combater a violência sexual e doméstica”, destacou a coordenadora da área técnica de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da Saúde, Fátima Morais.
O curso é uma iniciativa do Instituto Patrícia Galvão, em parceria com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde. Eventos semelhantes veem acontecendo em todo país há três anos. Na Paraíba, esta é a 16ª oficina e a intenção do Governo Federal é contemplar todos os Estados até 2012.
“Assim como a gente quer que a mídia entenda a lógica da saúde, os profissionais da saúde também devem entender a lógica da mídia para torná-la aliada das nossas ações”, disse Ângela Freitas, representante do Instituto Patrícia Galvão, com sede em São Paulo, que foi a facilitadora da oficina.
Durante a capacitação técnica, houve a apresentação de vídeos com depoimentos de jornalistas, dando dicas para comportamento diante da mídia e, em seguida, foram simuladas entrevistas em rádio e TV, onde os participantes falavam sobre o tema.
“A nossa pretensão é que os profissionais saiam daqui entendendo os meios de comunicação como parceiros e fortalecidos para o enfrentamento da violência contra a mulher e o adolescente”, disse a consultora técnica Denis Ribeiro, representante do Ministério da Saúde.
Assistência às vítimas – A Secretaria de Estado da Saúde oferece atendimento às vítimas de violência a partir de 11 anos de idade, por meio de uma equipe de referência da Maternidade Frei Damião, em João Pessoa. A orientação é que a primeira providência seja levar as vítimas para atendimento em um hospital para evitar doenças e a gravidez indesejada. Somente depois desse procedimento elas devem ser encaminhadas às delegacias e promotoria.