João Pessoa
Feed de Notícias

Diocese de CG acerta participação no 1º Congresso do Lixo da UEPB

quinta-feira, 3 de setembro de 2009 - 17:19 - Fotos: 

Os organizadores do 1º Congresso Paraibano de Gestão do Lixo, que será realizado ainda este mês pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), reuniram-se na tarde da quarta-feira (2) com Dom Jaime Vieira Rocha, bispo da Diocese de Campina Grande. O objetivo do encontro foi firmar parcerias entre a UEPB e diocese para a execução do Congresso, que abordará a temática ‘Educação Ambiental e Sustentabilidade’.

Dom Jaime recebeu a professora Fátima Araújo, diretora do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA); Vagner Rodrigues dos Santos, servidor da UEPB e um dos organizadores do evento; Roberto Marques, gerente executivo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Campina Grande; Thereza Mayer, médica perita e servidora do INSS, além de alguns integrantes da Diocese.

Após a aceitação do convite da UEPB para a participação no evento, o bispo lembrou que costuma chamar atenção para o problema do lixo urbano e a conseqüente poluição dos mananciais e transmissão de doenças. “Devemos desenvolver, continuamente, uma campanha de conscientização em defesa do meio ambiente, especialmente para que a população se preocupe com o lixo que produz. Temos de insistir na proposta da coleta seletiva, pois se o poder público não faz, é necessário que a comunidade faça”, disse.

Ele ainda afirmou que o 1º Congresso do Lixo envolverá toda a região e a Diocese de Campina Grande estará engajada no evento, fornecendo todo o apoio necessário. “Faz parte de nosso projeto pastoral essa parceria com as entidades da sociedade que trabalham pelo bem comum”, acrescentou.

Parceiros – Segundo a professora Fátima Araújo, a intensa divulgação do Congresso Paraibano de Gestão do Lixo, que acontecerá entre os dias 23 e 25 deste mês, vem trazendo bons resultados, especialmente no que se refere a parcerias em prol da causa ambiental. “Sabemos que a questão do lixo é de responsabilidade dos municípios, mas outros setores da sociedade têm interesse no assunto. Assim, as instituições estão vindo à nossa procura para participar como colaboradores do evento, a exemplo do SENAI, que tem um programa muito interessante de energias renováveis”, afirmou.

Pelo menos 30 municípios já começaram a procurar os organizadores do congresso, a fim de discutir com a Universidade as possibilidades de atuação na causa. “Basicamente, eles querem saber o que fazer, por onde começar, principalmente em relação à coleta seletiva. A Universidade, como lócus do saber e do conhecimento, tem essa competência técnica para prestar informações, pesquisas, projetos e contribuições, que devem estar sempre a serviço da comunidade”, explicou a professora.

Segundo ela, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Paraíba ocupa o último lugar na Federação em se tratando de coleta seletiva. “Apenas João Pessoa tem experiência em programas de resíduos sólidos, que cobre mais de 20% da coleta seletiva na cidade. O objetivo do nosso evento é justamente provocar uma discussão sobre a questão do lixo na Paraíba, já que hoje é um dos grandes problemas dos centros urbanos, do meio ambiente e do meio rural”.

Órgãos federais – Outra importante parceria da UEPB na execução do Congresso do Lixo tem sido feita com os órgãos públicos federais. Na reunião da quarta-feira (2) na Diocese, servidores do INSS discutiram maneiras de interagir com a comunidade através da iniciativa da Universidade Estadual.

“Estamos trabalhando de forma articulada com a UEPB e com a sociedade civil para que este Congresso se torne um espaço de debate e discussão, podendo envolver também outros órgãos federais. Na atual situação, ou a gente pensa em fazer um trabalho conjunto a partir de nossa cidade e das instituições, ou teremos a surpresa de, em breve, morarmos todos em um grande lixão”, comentou Roberto Marques, gerente executivo do INSS.

Já Thereza Mayer, médica perita do INSS, alertou para a relevância da coleta seletiva solidária. “Os catadores de material reciclável têm um grande papel e, particularmente, acho que o trabalho deles deveria ser remunerado, pois eles vêm até nosso lixo, vasculham o que descartamos sem critérios, coletam, separam e fazem a destinação correta, sobrevivendo ainda desse sistema”, explicou.

Da Assessoria de Imprensa da UEPB