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Iphaep e Instituto Brasileiro de Museu realizam oficina em Bananeiras

terça-feira, 29 de novembro de 2011 - 12:10 - Fotos: 

Museu e Turismo. Esse é o tema da oficina que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba realiza, a partir desta quarta-feira (30),em Bananeiras. Oevento é resultado de uma parceria entre o Iphaep e o Ibram – Instituto Brasileiro de Museus, e faz parte do Programa de Qualificação em Museus, do governo federal, com apoio da Prefeitura de Bananeiras. A oficina tem como palestrante a mestre em Turismo e Hotelaria Elisiane Dondé Dal Molin. Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí, ela é especialista nas áreas de lazer, patrimônio histórico, identidade cultural e museologia.

São cinquenta vagas para gestores públicos e privados, funcionários municipais, estudantes e profissionais das áreas de turismo, hotelaria, história e museologia. As inscrições são gratuitas, e será emitido o certificado de participação. A oficina “Museu e Turismo” acontece até a sexta-feira (2), nos dois horários, no Museu Desembargador Semeão Cananéa.

Segundo a professora Elisiane Dondé Dal Molin, inicialmente serão discutidos os temas: definição de turismo como fenômeno econômico, espacial e social e composição do produto turístico. Quanto ao mercado turístico, a mestre vai enfatizar o turismo cultural, comparando as práticas européias e latino-americanas e a literatura de referência. Outro ponto de destaque será a relação existente entre cidades, cidadãos, turismo e lazer e as políticas públicas de cultura e turismo. Por último, será enfatizada a questão dos museus como destino de lazer e de turismo, o perfil dos visitantes e os níveis da satisfação, além dos estudos de casos.

História – A cidade de Bananeiras está localizada no Brejo paraibano. Segundo uma lenda, em 1762 o caçador Gregório da Costa Soares foi capturado pelos índios da tribo sucuru e, no momento em que ia ser morto, invocou a ajuda de Nossa Senhora do Livramento, conseguindo escapar da tribo. Em reconhecimento à proteção divina, resolveu edificar, à margem de uma lagoa, a capela em homenagem à protetora. O primeiro imóvel da região deu origem à então Povoação de Bananeiras.

Somente no final do século XIX, em 1879, passou à condição de cidade, quando o presidente da Província da Parahyba, José Rodrigues Pereira Júnior, sancionou a Lei nº 690. Na mesma época, a capela inicial foi demolida, sendo edificada, no mesmo local, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Livramento, com a ajuda do Padre Ibiapina e da comunidade local.

Tombamento – Edificado no século XVIII, o Centro Histórico de Bananeiras está preservado para as futuras gerações. Em2005, a prefeita Marta Ramalho encaminhou ao Iphaep o pedido de tombamento da área central da cidade. Em julho de 2010, o Conpec (Conselho Deliberativo do Iphaep) aprovou, por unanimidade, a delimitação da poligonal urbana e o tombamento do centro antigo da cidade brejeira, evidenciando a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Livramento, os casarios e sobrados construídos pelos barões da época do café.

Foram realizados os seguintes procedimentos: localização do bem – incluindo categoria, proteção existente, contexto, propriedade e estado de preservação; dados históricos, planta/croqui de situação, fachadas e plantas baixas, uso, tipologia e data de construção, descrição arquitetônica, valor da edificação, relação com o entorno e estado de conservação. Baseados nestes dados, os imóveis foram classificados em quatro tipos: conservação total, conservação parcial, reestruturação e demolição possível.

Os técnicos do patrimônio estadual também destacaram as diretrizes básicas para uma intervenção num imóvel, público ou privado, que estiver inserido na área da poligonal. O trabalho do Iphaep indica aos proprietários quais as normas destinadas à restauração, reforma, reparação e adaptação, além da instalação de atividades e de publicidade comercial na área tombada do município de Bananeiras.