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Polícia Civil indicia psicólogo por homicídio doloso e tentativa de homicídio

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012 - 20:41 - Fotos: 

A Polícia Civil da Paraíba está trabalhando para localizar e prender o psicólogo Eduardo Henrique Paredes do Amaral, de 32 anos. Ele foi indiciado pela morte da comerciante Maria José dos Santos, de 50 anos, e teve a prisão decretada pela Justiça na última sexta-feira (13).
O delegado Nélio Carneiro, responsável pelas investigações, concluiu pelo indiciamento do acusado por homicídio doloso contra Maria José e por tentativa de homicídio contra a vítima que sobreviveu ao atropelamento.

“Não resta dúvidas de que Eduardo dirigia o veículo que atropelou e matou Maria José na noite do dia 21 de junho de 2010, na Avenida Hilton Souto Maior, em Mangabeira. Por dirigir sob efeito de álcool e em alta velocidade, mesmo quando as testemunhas pediam para que ele reduzisse, nós entendemos que ele assumiu o risco de matar”, explicou o delegado.

O inquérito, contendo mais de 500 páginas, foi concluído após três meses de investigação. Cerca de 20 pessoas foram ouvidas, foram feitas acareações entre acusado e testemunhas, quebra de sigilo telefônico, reconhecimento de vítima sobrevivente, laudo pericial do carro que atropelou a vítima e reconstituição da cena do crime, entre outros procedimentos que forneceram provas contra o acusado.

De acordo com o delegado, todas as versões apresentadas por Eduardo Paredes foram desconstruídas durante as investigações. Entre elas, a informação de que tinha usado um orelhão para informar o problema mecânico no veículo. “A quebra de sigilo telefônico provou que nenhuma ligação foi realizada após o meio-dia. Foram muitas mentiras e contradições, e cada vez mais o acusado se colocava na cena do crime”, afirmou o delegado.

O psicólogo Eduardo Paredes também é réu no processo sobre a morte da defensora pública da Paraíba, Fátima Lopes, em acidente de trânsito ocorrido em 2010. Segundo o delegado, o crime contra Maria José foi praticado cinco meses depois e em circunstâncias semelhantes.

Equipes da 9ª Delegacia Distrital, em Mangabeira, e do Grupo de Operações Especiais foram designadas para localizar e prender o psicólogo. A polícia também enviou cópias do mandado de prisão para delegacias de outras capitais do país.

A expectativa dos familiares que acompanharam de perto o trabalho da Polícia Civil é de que o caso vá para o Tribunal do Júri. “Se ele não tivesse sido solto da primeira vez, certamente minha mãe estaria viva. Mas estamos otimistas e acreditamos que ele será preso e julgado em breve”, afirmou José dos Santos, filho de Maria José.

Para David Lopes, filho da defensora pública Fátima Lopes, a sensação é de mais uma vitória contra a impunidade. “Não fosse o empenho do delegado, este poderia ser mais um caso para as estatísticas da impunidade. Estamos otimistas e a Polícia Civil merece o nosso reconhecimento”, concluiu.