Médicos veterinários da Paraíba estão sendo treinados para se credenciarem ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal. As aulas ocorrem no Laboratório de Doenças Transmissíveis do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da UFCG, campus de Patos, sob a coordenação do professor Clebert José Alves.
Realizado pela Secretaria Estadual do Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) durante este mês, o treinamento ocorre na Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Alagoas.
Já foram treinados mais de 300 veterinários e na Paraíba 119 médicos veterinários autônomos estão habilitados para executar as ações previstas no Programa Nacional.
O secretário do Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca Marenilson Batista, disse que o controle de doença animal é fundamental para a produtividade dos rebanhos, redução dos custos de produção e qualidade dos produtos. Além de ser critério essencial para a comercialização de carne.
O curso é divido em aulas teóricas e práticas. Os veterinários recebem noções teóricas a respeito das doenças e detalhes da legislação e dos padrões de sanidade exigidos pelos órgãos fiscalizadores. As aulas práticas permitem a aplicação das técnicas de diagnóstico e prevenção.
De acordo com o coordenador nacional do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, Frederico Ronaldo de Arruda, o curso faz parte da estratégia do Mapa de padronizar as normas de diagnóstico e controle da brucelose e tuberculose bovina e bubalina no país.
“Os médicos veterinários treinados podem se habilitar junto ao Mapa para atuação no programa realizando exames de brucelose e tuberculose e participarem dos processos de certificação de propriedades livres ou monitoradas para estas doenças”, disse Frederico Ronaldo.
Segundo o coordenador estadual do Programa de Controle e Erradicação da Brucelose, da Secretaria da Agropecuária e Pesca, Inácio José Clementino, os veterinários examinam, anualmente, em torno de 40 mil bovinos para brucelose e tuberculose. Quando detectada a doença os animais reagentes positivos conclusivos são sacrificados e suas carcaças são eliminadas, atendendo a normas do programa, de forma a diminuir a difusão da doença.
“Essa ação diminui a possibilidade de transmissão para os seres humanos, uma vez que a brucelose e a tuberculose bovina são doenças zoonóticas e podem ser transmitidas para os seres humanos pelo consumo de alimentos (leite e derivados e carnes) oriundos de animais infectados”, alertou Inácio.