Para marcar os 125 anos de nascimento do seu patrono, a Fundação Casa de José Américo celebrará uma missa nesta terça-feira (10), às 17h, na Igreja Santo Antônio de Lisboa, Avenida Olinda, Tambaú, em João Pessoa.
Ao longo dos 93 anos de vida, José Américo destacou-se na Paraíba e nacionalmente com extenso currículo. Foi escritor, ministro, governador, senador, em cujos cargos contribuiu com ações para o desenvolvimento do Estado. Dentre elas, a criação da Escola Politécnica de Campina Grande e a Universidade da Paraíba.
Natural de Areia, José Américo de Almeida nasceu no Engenho Olho D´Água, formou-se em Direito. Escreveu diversas obras, sendo “A Bagaceira” muito marcante no romance regionalista moderno. Faleceu em João Pessoa no dia 10 de março de 1980. Seus restos mortais e de sua esposa estão no mausoléu construído no pomar da FCJA.
Cronologia – José Américo:
1887 – Nasce no Engenho Olho D´Água, em Areia, a 10 de janeiro.
1892 – Inicia os estudos, no engenho, orientado pela professora Júlia Leal.
1898 – Vai para casa do tio paterno, o Padre Odilon Benvindo de Almeida.
1899 – Com a morte do genitor, a família muda-se para a cidade de Areia.
1901 – Ingressa no Seminário da Paraíba.
1904 – Deixa o Seminário e faz os preparatórios no Lyceu Paraibano; matricula-se na Faculdade de Direito do Recife.
1907 – Lança na cidade natal o jornal Correio da Serra e começa a publicar textos em jornais.
1908 – Termina o Curso de Direito e regressa à Paraíba.
1909 – Filia-se ao partido chefiado pelo senador Gama e Melo.
1911 – Nomeado Promotor Público da Comarca de Sousa.
1912 – Casa-se com D. Alice Azevedo Melo.
1921 – Nomeado Consultor Jurídico do Estado.
1922 – Escreve a novela Reflexões de uma Cabra; nomeado Procurador Geral do Estado.
1923 – Escreve o ensaio: A Paraíba e seus problemas.
1928 – Lança A Bagaceira, marco do romance regionalista moderno.
1929 – Eleito Deputado Federal, mas toda bancada é depurada pelo Governo Federal.
1930 – Nomeado Secretário de Segurança e Assistência Pública; Proclamado Interventor do Estado e Chefe do Governo Central do Norte até a posse de Getúlio Vargas.
1932 – Ministro da Viação e Obras Públicas, respondendo pelo Ministério da Fazenda. Escapa de desastre aéreo na litoral da Bahia, no qual morre o amigo Anthenor Navarro.
1933 – Publica relatório: O Ministério da Viação no Governo Provisório.
1934 – Nomeado Embaixador no Vaticano ao qual renuncia; publica “O Ciclo Revolucionário do Ministério da Viação”.
1935 – Eleito Senador, renuncia três meses depois; nomeado Ministro do Tribunal de Contas da União; publica duas novelas: “O Boqueirão” e “Coiteiros”
1937 – Candidata-se a Presidência da República apoiado por 17 estados.
1945 – Concede entrevista ao jornal Correio da Manhã, rompendo a censura da imprensa; funda com outros a União Democrática Nacional (UDN).
1946 – Candidato a Vice-Presidente da República por eleição indireta
1947 - Novamente eleito Senador pela Paraíba.
1950 - Eleito Governador do Estado da Paraíba.
1951 - Toma posse no Governo do Estado.
1952 - Cria a Escola Politécnica da Paraíba, em Campina Grande.
1953 - Publica Secas do Nordeste – exposição na Câmara Federal; Novamente é nomeado Ministro da Viação e Obras Públicas.
1954 - Escreve Ocasos de Sangue – crônica; Retorna ao cargo de Governador do Estado da Paraíba.
1956 - Funda a Universidade da Paraíba e deixa o governo do Estado.
1958 - Candidata-se a Senador pela UDN, mas não é eleito.
1959 - Retira-se da vida pública, dedicando-se à literatura e fica conhecido como “O Solitário de Tambaú”.
1962 - Falecimento de sua esposa.
1963 – Continua residindo em João Pessoa como escritor e influenciando a política paraibana.
1965 - Toma posse na Academia Paraibana de Letras na cadeira de Raul Machado; Publica: Discursos do seu tempo; Escreve: A palavra e o tempo.
1967 - Escreve: Ad Imortalitatem, discurso de posse da Academia Letras na cadeira de Tobias Barreto. Toma posse na Academia Brasileira de Letras.
1968 - Publica os seguintes títulos: O Ano do Nego – Memórias e Graça Aranha, o Doutrinador – ensaio.
1970 - Eu e Eles – memória.
1973 - Quarto Minguante – poesias.
1976 - Antes que me esqueça – memória.
1977 – Recebe o título de “O Intelectual do Ano” da União Brasileira de Escritores.
1980 - Falece na cidade de João Pessoa, a 10 de março; É criada a FCJA.
1983 - Seus restos mortais e de sua esposa foram trasladados para o mausoléu construído no pomar da FCJA