Cerca de 60 técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh) participam do II Encontro sobre monitoramento e indicadores sociais, no Hotel Verde Green, em João Pessoa. O evento acontece desta segunda (23) até a próxima sexta-feira (27), das 8h às 12h. A palestrante é a economista e consultora internacional Lena Lavinas, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo a gerente executiva da Assistência Social da Sedh, Nataly Pinheiro, o objetivo do evento é construir o desenho inicial do Núcleo de Vigilância Social Estadual. “Com a implantação deste sistema, os municípios e o gestor estadual poderão acompanhar os serviços e programas da política da assistência social. Além disso, o encontro também discutirá metodologias, avaliação e construção de indicadores sociais específicos. Com isso, poderemos instituir o Núcleo de Vigilância Social”, explicou.
De acordo com Nataly, o sistema de indicadores deverá funcionar até o final desde ano. O I Encontro aconteceu no final do ano passado.
Necessidade de dados – Durante o primeiro dia do evento, os participantes apontaram a falta de dados como um dos pontos essenciais para monitorar os programas sociais. “A coleta de dados ainda é um desafio, mas está sendo feita pela equipe e, quando for concluída, vai contribuir para melhorar os serviços, programas e projetos voltados para a política da assistência social nos 223 municípios paraibanos”, disse a chefe de gabinete da Sedh, Iara Maysa Gonçalves de Brito.
Para a economista Lena Lavinas, a ideia é pensar como instituir um sistema de monitoramento e acompanhamento que permita a cada gestor saber qual o impacto de sua intervenção. “Precisamos saber quais são os indicadores que os gestores querem, para que possamos monitorar as intervenções. Hoje, existem poucos estados com um sistema de indicadores sociais que contemplem as três esferas: municipal, estadual e federal. O ideal é que este sistema tenha também as informações das três esferas”, afirmou.
Assistência na Paraíba – O Estado tem aproximadamente 613 mil pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. Parte desta população vem sendo assistida por meio de programas monitorados pela Sedh. Entre esses programas, estão o Bolsa Família, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e o Programa de Segurança Alimentar, com os restaurantes populares (Campina Grande, Patos e Santa Rita), que fornecem diariamente 2,5 mil refeições.
