Referência em neurocirurgias na Paraíba, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, realizou, em 2011, cerca de 500 procedimentos cirúrgicos. A maioria dos casos é de vítimas com Acidente Vascular Cerebral (AVC) e traumatismos cranianos.

Só no mês de dezembro foram realizadas 65 neurocirurgias, representando um aumento de 36% em relação ao mesmo período de 2010, quando apenas 48 cirurgias foram realizadas. Das operações que são realizadas na unidade de saúde, os traumas cranianos decorrentes de acidentes de trânsito lideram as estatísticas do hospital.

Secom-PB

De acordo com o coordenador do Departamento de Neurocirurgia do Trauma, Rodrigo Marmo, 80% dos pacientes que chegam ao Hospital de Trauma são avaliados primeiramente por um neurocirurgião. “Hoje, correspondemos à maior retaguarda em termos de neurologia e neurocirurgia do Estado. Não há nenhum outro hospital da Paraíba, seja instituição pública ou privada, que possua infraestrutura igual ao setor neurocirúrgico do Trauma. Contamos com a especialidade 24 horas por dia, todos os dias da semana”, afirmou o coordenador.

O comerciante Fábio Mello relatou que, no ano passado, a sua família sofreu um grave acidente de trânsito, no município de Itapororoca. Suas duas filhas e a esposa tiveram traumatismo craniano e precisaram se submeter a cirurgias neurológicas. “No primeiro momento, pensei que elas morreriam, mas os profissionais do Trauma, que são especializados no assunto, deram toda a assistência à minha família durante o período em que fiquei no hospital. Devo a vida dos meus familiares a Deus e aos médicos do Trauma”, ressaltou o comerciante, emocionado.

Orientações – De acordo com o coordenador Rodrigo Marmo, em caso de acidentes com traumatismo craniano, a primeira medida a ser tomada é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhar para o hospital mais adequado. “Nem todos os traumatismos cranianos precisam de avaliação da neurocirurgia. Cerca de 90 % podem ser avaliados e tratados em um hospital geral e apenas 10% correspondem aos traumas moderados e graves que precisam de uma avaliação mais detalhada”, explicou o neurocirurgião