Nos próximos dias 26, 27 e 28, o Centro Formador de Recursos Humanos (Cefor), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), promove uma oficina de preparação para a criação do Núcleo de Ciências, Arte, Cultura e Saúde da Paraíba. Para ministrar a oficina, foi convidado o médico imunologista, diretor e ator de teatro Vítor Pordeus. O médico carioca desenvolve, no Rio de Janeiro, um trabalho que tem a arte como mecanismo gerador de saúde.

“Nossa intenção, com a criação do Núcleo, é fortalecer a ferramenta do estímulo à felicidade, que é potente em produzir prevenção”, disse a diretora geral do Cefor, Márcia Rique Carício, idealizadora do projeto. De acordo com ela, na quinta-feira (26), às 15h, serão realizadas atividades no auditório do Cefor, no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, em João Pessoa; na sexta-feira (27), pela manhã e à tarde, ocorrerão eventos na rua; por fim,no sábado (28) pela manhã, haverá a avaliação das ações promovidas.

Segundo a Márcia, a ideia de se criar o Núcleo surgiu em outubro do ano passado, quando Vítor Pordeus esteve em João Pessoa, durante a 7ª Conferência Estadual de Saúde, quando ministrou a palestra “Saúde, Arte e Prevenção”. Com a ajuda das atrizes Clara Soria e Gabriela Haviaras, ele fez, no Teatro Paulo Pontes, uma demonstração do trabalho que desenvolve no Rio de Janeiro, no Núcleo de Cultura, Ciências e Saúde, da Secretaria de Saúde do Município.

Universidade – O resultado das ações com moradores de rua, com pessoas em situação de risco, com sofrimento psíquico, deixando que cada um seja ator, se expressando da melhor forma que lhe convenha, é comprovado na prática com a instalação de 14 escolas populares de saúde, no Rio de Janeiro, e mais de 600 pessoas envolvidas nesse trabalho no país, culminando com a criação de uma Universidade Popular de Artes e Ciências. “É uma ação improvisada, que estimula a participação, a criatividade, a surpresa e a imprevisibilidade, para que as pessoas se liberem e se libertem. No final, tudo leva ao exercício criativo, que é um mecanismo gerador de saúde”, disse o médico.

Naquela oportunidade, o jovem médico, de apenas 31 anos, foi convidado a dar uma oficina no Cefor, para enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, professores e agentes comunitários de saúde que trabalham em equipes da Estratégia Saúde da Família, além de trabalhadores do “Consultório de Rua” de João Pessoa. “Quando vi a empolgação daqueles profissionais, pensei no Núcleo de Ciências, Arte, Cultura e Saúde da Paraíba. Será um mecanismo para que o Governo do Estado contribua, cada vez mais, para um SUS, humanizado e acolhedor,” concluiu Márcia.