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Ano Internacional da Astronomia é comemorado com concerto sinfônico

quarta-feira, 26 de agosto de 2009 - 07:32 - Fotos: 

O Ano Internacional da Astronomia será comemorado, em João Pessoa, com um belo concerto sinfônico nesta quinta-feira (27), a partir das 20h30, no Cine Banguê do Espaço Cultural José Lins do Rego. Sob a regência do maestro titular Luiz Carlos Durier, a Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba (OSJPB) irá executar peças inspiradas no universo dos astros e estrelas. O concerto integra o projeto Quintas Musicais da Funesc e tem entrada gratuita.

Durier conta que o tema deste concerto foi batizado de ‘Os Planetas’, justamente para celebrar o Ano Internacional da Astronomia. “Todas as orquestras do mundo realizam um concerto temático como este”, diz o maestro. “Desta vez, a música executada pela Jovem irá proporcionar uma verdadeira viagem espacial”.

Essa viagem acontece a bordo de peças de C. Ph E. Bach, Ernest Chausson e Gustav Holst. A apresentação abre com “Esta Carinae”, de Herlon Rocha. “’Eta Carinae’ faz referência ao nome de uma estrela, e também de uma nebulosa, localizada próxima à constelação do Cruzeiro do Sul. Produz cinco milhões de vezes mais energia que o Sol. Consequentemente é uma das estrelas mais massivas já descobertas”, ensina Durier.

A peça, segundo o maestro, foi escrita e pensada sob a forma “A-B-A”: “A seção A, escrita em escalas tonais, sugere um ambiente celestial, tranqüilo e espaçoso; a seção B contrasta com A através da utilização dos modos de Messiaen, e pelo uso de ostinatos, que dão idéia de movimento e mistério numa viagem a um espaço desconhecido e radiante”, explica o maestro.

Em seguida, a Sinfônica Jovem executa “Concerto em ré maior para flauta e orquestra de cordas”, de C. Ph E. Bach, com a participação do flautista Vitor Diniz, ex-integrante da Orquestra Sinfônica Jovem da Paraíba. “É uma obra que se traduz em beleza musical de grandes dificuldades técnicas para o solista e orquestra”, conta Durier. “Os temas alegres e vibrantes são escritos na forma sonata. Este compositor, filho do mestre J. S. Bach, influenciou grandes compositores europeus”.

Este primeiro momento é encerrado com “Poema para violino e orquestra, Op 25”, do compositor francês Ernest Chausson, com solo do violinista Hermes Cuzzuol, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

“Chausson dedicou este ‘Poema para violino e orquestra’ ao violinista E. Ysaÿe”, comenta Durier. “Em forma de rapsódia, a obra se apresenta delicada, refinada e, acima de tudo, bonita. Esta obra tem grandes desafios técnicos, tanto para o solista quanto para a orquestra. Escalas, oitavas e cordas duplas são alguns exemplos usados nesta obra encantadora”.

‘OS PLANETAS’

Após um breve intervalo, a OSJPB volta ao palco para o segundo – e mais aguardado – momento da noite, quando executa a obra “Os Planetas, OP. 32” de Gustav Holst. Escrita em 1916, Durier explica que a peça foi concebida e inspirada em significado mais astrológico do que astronômico, dada a simpatia do autor pela influência dos astros no nascimento dos homens.

“Ela requer grande orquestra para mostrar um vasto colorido timbrístico”, pontua Durier. “Apresentaremos apenas três: ‘Venus’, O Mensageiro da paz’, ‘Saturno, O Anunciador da Velhice’ e ‘Júpiter, O Mensageiro da Alegria’. As melodias e os temas são descritivos, o que ajudará os ouvintes e uma viagem pela força simbólica de cada astro desta suíte”.

Para Luiz Carlos Durier, é dessa maneira que a OSJPB traz novidades do repertório universal para a comunidade paraibana, onde o aprendizado é geral. “Os jovens músicos desenvolvem habilidades musicais e técnicas, e o público aprecia e enriquece sua cultura musical”, pondera, e acrescenta: ”Este trabalho, formador e educador, precisa de apoio para que os nossos jovens músicos possam desenvolver seu potencial multiplicador aqui e, com isso, mais paraibanos possam desfrutar de uma virtuosidade natural desta terra, a música!”

Assessoria de Imprensa da Funesc