A diretora do CDC, Wanúzia Miranda, disse que a situação é inédita e precisa ser mudada, porque a falta de demanda definitivamente não é uma realidade no Sistema Único de Saúde (SUS). “Eu boto muita fé no SUS e o CDC é um serviço muito bom, que oferece exames essenciais para o diagnóstico do câncer. Nossa luta é sempre para fazer mais, porque sabemos que há uma demanda reprimida, e não dá para fazer menos”, disse.
Queda – Wanúzia explicou que, por mês, o CDC realiza mais de 10 mil exames especializados e que, desde julho, essa média caiu para cerca de 8 mil. “A realização de exames citopatológicos se mantiveram na média, até porque cada município precisa mandar uma quantidade X de paciente por mês para cumprimento de metas, junto ao Ministério da Saúde. Mas isso não vem ocorrendo com outros exames, como mamografia, ultrassonografia mamária, pulsão e biópsia de mama e consultas em mastologia, que praticamente não estão sendo feitos”, destacou.
A diretora do Centro de Diagnóstico disse que a unidade atende a quase todos os municípios do Estado e que o problema maior de ‘falta de demanda’ foi verificado em João Pessoa. Ela lembrou que, para fazer os exames, os pacientes precisam ser encaminhados pelos médicos das unidades básicas de saúde e pela Central de Regulação e que já entrou em contato com a pessoa responsável pela Central, que ficou de dar uma solução ao problema.
O CDC viabiliza 15 tipos diferentes de exames de diagnóstico do câncer. “Temos 51 funcionários e 20 deles são médicos e de altíssimo nível. Temos equipamentos e o Governo do Estado está viabilizando novas instalações para que o serviço melhore. É inadmissível que falte pacientes para um serviço tão importante”, desabafou.