João Pessoa
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A média mensal de exames no centro caiu de 10 mil para 8 mil, desde julho

segunda-feira, 24 de agosto de 2009 - 21:54 - Fotos: 
O Centro de Diagnóstico do Câncer (CDC), órgão da Secretaria de Estado da Saúde, está vivendo uma situação inusitada no sistema de saúde pública: a unidade dispõe de profissionais e equipamentos para fazer exames especializados. A demanda para alguns exames encaminhados pelas unidades de Saúde da Família caiu nos últimos dois meses e exames como mamografias, ultrassonografias e pulsão de mama quase não estão sendo feitos, por falta de demanda.

A diretora do CDC, Wanúzia Miranda, disse que a situação é inédita e precisa ser mudada, porque a falta de demanda definitivamente não é uma realidade no Sistema Único de Saúde (SUS). “Eu boto muita fé no SUS e o CDC é um serviço muito bom, que oferece exames essenciais para o diagnóstico do câncer. Nossa luta é sempre para fazer mais, porque sabemos que há uma demanda reprimida, e não dá para fazer menos”, disse.

Queda – Wanúzia explicou que, por mês, o CDC realiza mais de 10 mil exames especializados e que, desde julho, essa média caiu para cerca de 8 mil. “A realização de exames citopatológicos se mantiveram na média, até porque cada município precisa mandar uma quantidade X de paciente por mês para cumprimento de metas, junto ao Ministério da Saúde. Mas isso não vem ocorrendo com outros exames, como mamografia, ultrassonografia mamária, pulsão e biópsia de mama e consultas em mastologia, que praticamente não estão sendo feitos”, destacou.

A diretora do Centro de Diagnóstico disse que a unidade atende a quase todos os municípios do Estado e que o problema maior de ‘falta de demanda’ foi verificado em João Pessoa. Ela lembrou que, para fazer os exames, os pacientes precisam ser encaminhados pelos médicos das unidades básicas de saúde e pela Central de Regulação e que já entrou em contato com a pessoa responsável pela Central, que ficou de dar uma solução ao problema.

O CDC viabiliza 15 tipos diferentes de exames de diagnóstico do câncer. “Temos 51 funcionários e 20 deles são médicos e de altíssimo nível. Temos equipamentos e o Governo do Estado está viabilizando novas instalações para que o serviço melhore. É inadmissível que falte pacientes para um serviço tão importante”, desabafou.          
 
 

Assessoria de Imprensa da SES-PB