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Emater monta cerco contra cochonilha do carmim no Cariri

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012 - 13:55 - Fotos:  Secom-PB

Coxixola_cochonila_22 11 2011A Emater Paraíba montou cerco contra a cochonilha do carmim, praga que ataca a palma forrageira, principal ração dos rebanhos em períodos de longas estiagens. O trabalho foi intensificado nos 21 municípios que compõem o Cariri.

Na região, existem 10.846 imóveis rurais, dos quais 90% integram a agricultura familiar e recebem assistência técnica rural. O controle da praga vai permitir manter o nível da produção de leite.

O ataque do inseto conhecido como cochonilha do carmim (Dactylopius coccus) tem provocado prejuízos à pecuária paraibana, uma vez que o rebanho estimado em 93,4 mil animais bovinos, 246,1 mil caprinos e 120,7 mil ovinos são alimentados com palma, principalmente na época das secas. A Emater, empresa vinculada à Secretaria do Desenvolvimento e da Pesca (Sedap), tem orientado os criadores a eliminarem a praga, seguindo orientações técnicas.

A palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill.) está presente nos municípios de Amparo, Assunção, Camalau, Congo, Coxixola, Gurjão, Livramento, Monteiro, Ouro Velho, Parari, Prata, Santo André, São João do Cariri, São João do Tigre, São José dos Cordeiros, São Sebastião do Umbuzeiro, Serra Branca, Sumé, Taperoá e Zabelê.

No município de Coxixola, o extensionista Valmir Ribeiro encontrou a cochonilha em uma área de palma no sítio Currais Velhos, pertencente a Sebastião Ferreira, a quem repassou as orientações técnicas para o combate à praga. A presença do foco também foi comunicado à Defesa Sanitária Vegetal, órgão da Sedap.

Em São José dos Cordeiros, o secretário Municipal de Agricultura, Jefferson Roberto, também comunicou à Defesa Agropecuária a existência da praga. Em parceria com a Emater, com assistência do extensionista José Ismar, foi feita visita ao sítio Roçado de Fora, de Adelmo Ferreira.

O agricultor foi orientado a retirar e queimar imediatamente as raquetes de palma atacadas pela praga, e continuar com o controle por meio de pulverizações de uma mistura à base de detergente neutro e água sanitária (na proporção de 1/20). Adelmo Ferreira também foi instruído a fazer a limpeza do palmal para retirada de plantas invasoras e abertura de passagens entre as linhas de plantio.

O chefe do escritório regional da Emater em Serra Branca, Antonio Alberto Albuquerque, informou que as orientações estão sendo repassadas aos agricultores familiares através de palestras educativas, que tem gerado bons resultados.

O agricultor familiar José de Lima, o “Zica”, do sítio Riacho da Glicéria, está implantando a palma com a técnica de raleamento de caatinga (sem desmatar toda a vegetação, apenas retirando as espécies herbáceas e arbustivas, e podando a copas das árvores), plantando em espaçamento de 2,0m x 0,5m, conforme orientações técnicas, o que permitirá a execução dos tratos culturais no dia-a-dia.

“Seguindo as orientações do técnico da Emater, a gente percebe que fica mais fácil o trabalho, e que conseguimos melhorar a renda e temos a garantia de mais lucro”, disse José de Lima.