A Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou o treinamento de profissionais de 12 unidades hospitalares para ampliar a rede de hospitais ‘Amigo da Criança’, na Paraíba. A capacitação já foi feita com as equipes dos hospitais municipais de Areia e Alagoa Grande, que devem ser habilitados até outubro. A ação faz parte do Pacto de Redução da Mortalidade Infantil, firmado entre o Governo do Estado e os 21 municípios paraibanos onde mais morrem crianças menores de um ano de idade, no Estado. O objetivo é que até o próximo ano, todas as 21 cidades tenham hospitais ‘Amigos da Criança’.
Segundo a gerente operacional de Alimentação e Nutrição da SES, Iara Medeiros de Araújo, além dos hospitais de Areia e Alagoa Grande, serão treinadas ainda unidades de Bayeux, Cabedelo, Cajazeiras, Esperança, Itabaiana, João Pessoa, Juazeirinho, Monteiro, Princesa Isabel e Queimadas. “Todos esses municípios ainda registram uma quantidade considerável de mortes infantis. Por isso, a SES, estrategicamente, começou treinando as pessoas que lidam diretamente com as mães e bebês assistidos nas unidades localizadas nessas cidades”, lembrou.
Segunda etapa - Segundo Iara, os hospitais de Alhandra, Campina Grande, Guarabira, Mamanguape, Santa Rita, Sapé e Taperoá – municípios que também assinaram o Pacto para Redução da Mortalidade – serão treinados até o segundo semestre do próximo ano. “A maternidade Peregrino Filho, em Patos, e o Hospital Regional Deputado Manoel Gonçalves Abrantes, em Sousa, já têm o título “Amigo da Criança”, informou.
De acordo com a avaliadora e nutricionista, Solange Porto, durante o treinamento é ministrado o curso ‘Promovendo e Incentivando a Amamentação em Hospitais Amigo da Criança’, com duração de 20 horas/aula, sendo 15,5 horas com teoria e 4,5 horas com aulas práticas. “Na parte teórica, são ministradas aulas sobre o manejo e a promoção do aleitamento materno, e na prática, são repassadas a melhor posição para amamentar, a forma correta da pega no mamilo, os principais problemas precoces e tardios da mama, entre outros”, lembrou.
Critérios - Para se tornar ‘Hospital Amigo da Criança’, a unidade deve cumprir alguns critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde, entre eles: não ter sido condenado judicialmente, nos últimos dois anos, em processo relativo à assistência prestada no pré-parto, parto, puerpério e período de internação em unidade de cuidados neonatais; garantir a partir da habilitação, que pelo menos 70% dos recém-nascidos saiam de alta hospitalar com o Registro de Nascimento Civil e apresentar tempo de permanência hospitalar mínima de 24 horas para parto normal e de 48 horas para parto cesariano.
Além disso, é preciso realizar os ‘Dez Passos para o Sucesso do Aleitamento Materno’, proposto pela Organização Mundial da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, que inclui a adoção de uma política de aleitamento materno; treinamento da equipe de cuidados de saúde; informação às gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento materno e ajuda às mães para iniciar a amamentação na primeira hora, após o parto.
A OMS ainda estabelece que é preciso mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se forem separadas dos filhos, não dar aos recém-nascidos bebida ou alimento que não seja o leite materno a não ser que seja prescrito pelo médico, praticar o alojamento conjunto (permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24 horas por dia), encorajar o aleitamento sob livre demanda, não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas no peito, e finalmente, encorajar a formação de grupos de apoio à amamentação e encaminhar as mães a esses grupos na alta da maternidade.
Assessoria de Imprensa da SES-PB
