O Governo do Estado, através da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH), intensifica os preparativos para receber os integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher. A visita está programada para o mês de agosto. A Comissão pretende levantar dados da violência contra a mulher, além de conhecer e monitorar as ações de enfrentamento à violência e proteção desenvolvidas pelo poder público.

Para debater os temas que serão apresentados à CPMI, a SEMDH se reuniu com 14 mães das 52 famílias que integram o Grupo Mães na Dor. O objetivo do encontro foi discutir o assassinato de mulheres. A reunião aconteceu na SEMDH e teve a participação da secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Lucena, da secretária executiva, Gilberta Soares, além da gerente operacional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Cândida Magalhães.

De acordo com Cândida Magalhães, o  alto percentual de crimes contra mulheres ainda sem solução é um dos problemas que deve ser  discutido na visita da CPMI.

A secretária executiva da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares, ressaltou a importância da organização das mães e familiares  na luta contra a impunidade, denunciando para a sociedade a gravidade da violência contra a mulher. “Nestes casos, a vida da mulher é apropriada pelo homem e ela é considerada um simples objeto de posse, podendo ser exterminada”. A secretária executiva alertou para o fato de que das 11 mulheres assassinadas, duas estavam grávidas, sendo a negativa da paternidade, pelo agressor, o motivo dos assassinatos.

A população pode colaborar com as famílias informando detalhes que possam ajudar na elucidação dos casos. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 197, Disque-Denúncia da PM.

A fundadora do Grupo Mães na Dor, Hipernestre Carneiro, mãe de Aryane Thais, assassinada em 2010, está reunindo informações sobre cada caso para compor o dossiê que será entregue à CPMI.