Serão lançados cerca de 50 quilômetros de cabos óticos em João Pessoa e outros 140 quilômetros no segmento de interconexão entre as cidades de João Pessoa e Campina Grande, um projeto inicialmente orçado em R$ 3,5 milhões, que prevê a formação de um consórcio metropolitano em João Pessoa envolvendo, além da Semarh, órgãos como a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), Emepa, Emater-PB, Sudema, AESA, Lifesa e Imeq, entre outros. Em Campina Grande envolverá a Universidade Federal local, INSA, CNPA/Embrapa, UEPB, Fapesq, Secretaria Municipal de C&T de Campina Grande, PaqTcPB, FIEP e SIBT.
Projeto retomado – A elaboração do projeto foi iniciada em 2005 e, de 2006 ao início de 2009, nada foi feito, apesar da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) haver concedido uma dilatação de prazo. Ao assumir a antiga Secretaria de Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente (SECTMA), a atual Semarh, e tomar ciência dessa situação, o secretário Francisco Sarmento determinou o levantamento da situação do projeto por parte da Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq), e a partir daí foi realizada a primeira reunião do Conselho Gestor do projeto no dia 4 deste mês.
Na ocasião, o secretário executivo da Semarh, Eloizio Henrique Henriques Dantas, enalteceu a importância do projeto para o Estado da Paraíba, e a proposta foi apresentada aos membros do Conselho Gestor, através do professor doutor Mário Assad. Eloizio Henriques disse que “o Governo da Paraíba garante o investimento e a conseqüente retomada do projeto, uma vez que o mesmo se encontrava parado há mais de dois anos” observou o secretário.
Consórcios – A implantação de uma infraestrutura própria de fibras óticas, voltada para as instituições de pesquisa e educação superior na Capital é de vital importância para a estruturação do sistema estadual de ciência tecnologia e inovação, e constitui uma das metas do projeto REDEICTI-PB, submetido pela Semarh à Finep, tendo a Fapesq como instituição proponente.
Segundo Eriberto Rodrigues, gerente executivo de desenvolvimento científico da Semarh, “após a implantação da rede metropolitana, a gestão da sua operação, seu custeio e sua sustentabilidade ficarão a cargo das instituições usuárias. Assim, outro objetivo do projeto é estimular a formação de consórcios, de modo a assegurar a sua auto-sustentação”.
A implantação da rede digital é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que tem como objetivo implementar redes de alta velocidade nas regiões metropolitanas do país destinada às instituições de pesquisa e educação superior.
Pesquisas – A disponibilidade de acesso à uma rede de comunicação de dados de alto desempenho é condição essencial para o desenvolvimento de pesquisas, notadamente em aplicações avançadas em redes, telemedicina, educação a distância, visualização e simulação de sistemas complexos, televisão de alta definição, entre outras.
Para o professor Mário Assad, do Departamento de Física da UFPB e um dos coordenadores do projeto, “a tecnologia permitirá a troca de informações por Internet em alta velocidade entre todas as secretarias e autarquias do Estado, universidades, fundações, centros de pesquisa e, logo depois, a proposta é abrir espaço para as empresas privadas investirem nesta área, que vai se tornar cada vez mais competitiva, com vistas ao desenvolvimento sócio-econômico e sustentável do Estado” finalizou.