O Governo do Estado está reorganizando a Rede de Obstetrícia da Paraíba. Depois das reformas, ampliações e construções de hospitais e outras unidades de saúde, agora são 1.342 leitos à disposição das mulheres na rede hospitalar, sendo 822 obstétricos clínicos, usados em partos normais, e 520 cirúrgicos para cesarianas. Desse total de leitos, 1.187 são do Sistema Único de Saúde e 155 conveniados.
A maioria desses leitos é distribuída nas três maternidades de referência do Estado que são a Frei Damião e a do Hospital Edson Ramalho, em João Pessoa, e a Peregrino Filho, em Patos. No Edson Ramalho são 43 leitos de obstetrícia, 14 leitos neonatais, seis leitos pré-parto. Na Frei Damião são 40 leitos de obstetrícia, sete leitos neonatais, seis pré-parto e na maternidade Peregrino Filho, em Patos, são 60 leitos obstétricos, 11 leitos pré-parto, 10 leitos de UTI neonatal, sete de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), sete de UTI materna, seis de observação.
Além destes serviços, a maternidade Frei Damião ainda conta com uma agência transfusional e um laboratório de análises clínicas funcionando diariamente, como também os programas de Acolhimento com Classificação de Risco, de Assistência às Mulheres Vítima de Violência Sexual e Planejamento Familiar, além do Centro Especializado em Diagnóstico do Câncer (CEDC). A diretora geral da Maternidade, Maria de Fátima Oliveira dos Santos, explicou que a unidade atende não somente a população de João Pessoa, mas de vários municípios circunvizinhos.
A diretora esclarece que o parto na Maternidade Frei Damião é uma prestação de serviços de intensa rotina e requer profissionais habilidosos com atendimento humanizado. “Quando a gestante realiza um pré-natal adequado ela reconhece o momento e já chega preparada para o trabalho de parto e o parto em si. Por isso, a implantação do parto humanizado na Maternidade Frei Damião vem ganhando estrutura e consistência com atenção principalmente para mães de primeiro parto”, destaca.
A Maternidade Peregrino Filho, inaugurada recentemente pelo governador Ricardo Coutinho, ganhou 55 novos leitos e passou de 54 para 109 beneficiando mais de 905 mil pessoas de 90 municípios do Sertão e Alto Sertão paraibanos. A previsão da secretaria de Estado da Saúde é que 5 mil partos, entre cesarianos e normais, sejam realizados anualmente na maternidade.
A maternidade conta com duas UTI’S sendo uma materna com sete leitos e outra neonatal com 10 leitos. Também passam a funcionar os serviços de mamografia. Nas obras foram investidos R$ 6,7 milhões e R$ 27,6 milhões do tesouro estadual serão empregados anualmente para manutenção da unidade – em recursos humanos, medicamentos e insumos. Tudo para que se efetive o projeto de ampliar o acesso ao atendimento à saúde da mulher de maneira integral, além de assegurar o atendimento às parturientes de alto risco, o que não acontecia anteriormente.
No caso das maternidades Frei Damião e Edson Ramalho, além dos leitos, essas unidades desenvolvem ações e serviços voltados para humanização na saúde a exemplo parto humanizado, um processo de assistência centrado na mulher. Todo o procedimento está aliado a um ambiente calmo e tranquilo com privacidade e respeito. “O parto humanizado dá à mulher um atendimento focado em suas necessidades. Seus resultados são altamente positivos para a mãe e, evidentemente, para a criança, que se torna mais segura e equilibrada emocionalmente”, avalia a diretora da Frei Damião, Maria de Fátima Oliveira.
Para que a mulher receba a assistência necessária, o plantão das maternidades conta com obstetras, neonatologistas, anestesiologistas, enfermeiras, técnicas de enfermagem, assistentes sociais, psicólogas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, nutricionistas e pessoal de apoio (acolhimento).
Projetos – Ainda na maternidade Frei Damião está sendo implantado o serviço “Analgesia de Parto” que proporciona um nascimento sem dor a partir da aplicação de uma anestesia. A maternidade Frei da Damião é a primeira do Estado a implantar o serviço.
No Edson Ramalho também é realizado o projeto das Redinhas que é inovador e tem ajudado na recuperação de bebês prematuros. As redinhas, que simulam o útero da mãe, são inseridas nas incubadoras e os bebês são colocados dentro, em posição adequada e confortável. Lá eles permanecem de trinta minutos à uma hora, dependendo da adaptação de cada um.
