João Pessoa
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Governo do Estado sensibiliza profissionais sobre notificação de emergências em saúde pública

quarta-feira, 25 de julho de 2012 - 17:33 - Fotos: 

Cerca de 120 profissionais da saúde das Gerências Regionais de Saúde, da Vigilância Epidemiológica dos municípios sede das Regionais, das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), Saúde Indígena e da Saúde Prisional participaram, nesta quarta-feira (25) pela manhã, da abertura do I Seminário para Discussão das Emergências de Saúde Pública, que acontece no Hotel Caiçara, em João Pessoa, até esta quinta-feira (26). O objetivo é fortalecer a vigilância para a detecção e notificação imediata de doenças como dengue e sarampo.

O evento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem como principal objetivo fortalecer a vigilância para a detecção e notificação imediata dos agravos que constituem o anexo II da portaria 104/MS.  A portaria define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), e a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde e o anexo II lista os eventos que se constituem possíveis emergências de saúde pública.

De acordo com a coordenadora do Centro Estadual de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-PB), Ana Maria Aires, entre os 19 agravos diretos contidos no documento estão a dengue, febre amarela, botulismo, sarampo e rubéola. “O seminário busca a sensibilização dos profissionais de saúde, especialmente dos que atuam na vigilância, para a notificação dos agravos diretos já no momento em que se configura a suspeita da doença, e assim evitar o equívoco da notificação apenas diante da confirmação do caso”, explicou.

Ana Maria Aires lembrou que os agravos contidos no anexo II da portaria 104/MS, por serem considerados de emergência, precisam ser notificados em até 24 horas. “Este tipo de evento é importante para reduzir o número de subnotificações que ocorrem em todo país e que não condizem com o número real dos casos que chegam às unidades de saúde. O monitoramento das notificações permite a elaboração e execução de estratégias que consigam, de forma eficaz, quebrar a cadeia de transmissão controle do agravo”, observou.

A coordenadora informou ainda que as ações são definidas tão logo as notificações cheguem ao Cievs-PB. E esclareceu: “O processo começa quando o profissional de saúde, ao receber um caso suspeito de um dos agravos, informa o fato ao Cievs através do telefone 8828.2522 ou dos emails notifica@saude.pb.gov.br ou cievs@saude.pb.gov.br. A população também pode fazer uso dos contatos para notificar casos suspeitos. Nossa estrutura funciona 24 horas por dia, em esquema de plantões. O Cievs, por sua vez, encaminha a informação para o setor responsável dentro da Secretaria de Estado da Saúde para que ele possa articular as medidas cabíveis de monitoramento, como ir atrás dos possíveis comunicantes do agravo, por exemplo”.

O Ministério da Saúde também mantém um Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde na esfera federal com o propósito de fortalecer a capacidade do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde para identificar precoce e oportunamente emergências em saúde pública, a fim de organizar a adoção de respostas adequadas que reduzam e contenham o risco à saúde da população.

Nesta quinta-feira (26), o seminário promovido pela SES continuacom a abordagem de temas como Influenza H1N1, Poliomielite, Doenças Exantemáticas (sarampo) e Monitoramento das doenças diarreicas.