O secretário Francisco Sarmento apresentou recentemente ao Ministério da Integração, em Brasília (DF), a proposta da Paraíba para capilarizar e efetivamente fazer uso dos recursos hídricos adicionais da transposição das águas do rio São Francisco. O Estado deverá contar com a parceria do Governo Federal para complementar a infraestrutura interna capaz de efetivar o uso das águas transpostas bem como a otimização das águas locais.
“Nossa proposta de uso das águas do São Francisco supera os R$ 2 bilhões. Envolve tanto a construção de novos sistemas adutores, como a construção de dois grandes canais de capilarização: o primeiro, denominado PIB-PB (Projeto de Integração do Brejo Paraibano), ligando as barragens de Acauã e Araçagi, ambas construídas no âmbito do Plano das Águas, e um outro canal interligando o Eixo Norte da transposição com a cabeceira do rio Piancó”, informou.
A proposta apresentada pelo governo na quinta-feira (13) prevê ainda a recuperação dos perímetros irrigados de Piancó I (524 hectares), II (1.000 hectares) e III (1.000 hectares), além do Lagoa do Arroz (1.000 hectares) e a implantação de mais de 10 mil hectares de irrigação no Brejo Paraibano ao longo do canal de integração daquela micro-região (PIB-PB).
Por fim, o secretário esclareceu que os modelos de utilização das águas transpostas em todos os estados beneficiados (Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará) vêm sendo debatidos exaustivamente com o Governo Federal nos últimos anos e a reunião final para formatação da empresa gestora do projeto, bem como de suas correlatas em cada um dos estados, ocorrerá na Paraíba, em Campina Grande, em data a ser definida com os estados e o Ministério da Integração Nacional.
“Sugerimos Campina Grande para sediar esse evento histórico por ser a cidade uma espécie de referência recorrente em todos os debates ocorridos nos últimos 15 anos sobre a necessidade da implantação do projeto de transposição. Trata-se de uma cidade de grande potencial de desenvolvimento. O governo não permitirá que esse potencial não se realize plenamente por escassez de água, em particular, e, prioritariamente, garantindo o abastecimento humano indispensável à qualidade de vida da população”.
As águas do São Francisco chegarão a Campina Grande através da Adutora São José, atualmente em implantação pelo Governo do Estado no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Sua segunda etapa, ligando o Açude Boqueirão, receptor das águas do Eixo Leste da transposição, à Estação de Tratamento de Água de Gravatá, que serve a Campina Grande e cidades do entorno, foi inserida na proposta apresentada pelo governo estadual em Brasília.
Da Assessoria de Imprensa da Semarh
