O Projeto Cooperar deu início, nesta sexta-feira (10), a um ciclo de debates sobre sustentabilidade no campo. O evento vai servir de embasamento para a nova carta consulta das negociações do Governo do Estado com o Banco Mundial, organismo financiador do Programa de Redução da Pobreza Rural (PRPR).
A primeira de uma série de palestras abordou o tema “Sistemas de produção sustentável no Bioma Caatinga” e foi ministrada pela coordenadora do Programa de Ações Sustentáveis para o Cariri, Adriana de Fátima Meira Vital, da Universidade Federal de Campina Grande (Sumé). “Esse é um assunto que cada vez mais é discutido e ganha força por causa da situação degradante registrada ao longo dos anos. Precisamos repensar os investimentos na zona rural e caminhamos para um bom momento por meio de eventos como esse”, disse a palestrante.
Na próxima sexta-feira (17), a programação será realizada durante todo o dia. Pela manhã, o professor Daniel Duarte apresentará um trabalho sobre o desenvolvimento de agroecossistemas da caatinga no semiárido brasileiro. O projeto tem apoio do Instituto Nacional do Semiárido (Insa). À tarde, o Gabinete da Palma, comitê integrado por 30 instituições comprometidas com o tema, vai apresentar suas contribuições no combate à praga cochonilha do carmin. O objetivo é identificar as melhores formas de trabalho para o Projeto Cooperar, no sentido de criar uma linha de atuação relacionada com a recuperação da palma. O debate vai levar em consideração o próximo triênio.
Para o gestor do Projeto Cooperar, Roberto Vital, é importante criar mecanismos que permitam o desenvolvimento da cultura de sustentabilidade na agricultura moderna e das boas práticas agrícolas. “Reduzir a aplicação de inseticidas, evitar a contaminação de sistemas hídricos e o uso frequente de adubos artificiais são exemplos de que podemos recuperar as terras degradadas e continuar em desenvolvimento”, comentou.