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Polícia Civil vai indiciar pais do bebê que morreu intoxicado por ingestão de cocaína

quarta-feira, 18 de julho de 2012 - 16:12 - Fotos: 

coletiva laudo ipcA Polícia Civil da Paraíba vai indiciar por homicídio os pais do bebê de oito meses, que morreu na noite da última sexta-feira (13), na Capital, após ter ingerido cocaína. O laudo do Instituto de Polícia Científica (IPC), concluído em menos de 10 dias, confirmou que essa foi a causa da morte da criança.

O resultado dos exames toxicológico e cadavérico feitos no corpo da vítima foi apresentado nesta quarta-feira (18), durante entrevista coletiva no auditório da Central de Polícia, em João Pessoa. De acordo com o gerente operacional do Departamento de Medicina Legal (DML), Flávio Fabres, há indícios de que a substância foi ingerida por via oral.

“Encontramos a substância tanto na urina, quando no suco gástrico da criança, o que sugere que ela tenha ingerido a droga. Apesar de ser um exame qualitativo, a quantidade ingerida foi suficiente para provocar a intoxicação por cocaína e, consequentemente, a morte do bebê”, esclarece.

Os resultados dos exames foram anexados ao inquérito policial. Segundo o delegado Ramirez São Pedro, designado em caráter especial para presidir o inquérito, os pais da vítima serão responsabilizados pela morte da criança, cabendo, agora, à Polícia Civil investigar como se deu a ingestão, se de forma dolosa (quando há a intenção de matar) pelos pais ou terceiros, ou de forma culposa, quando os pais negligenciam o cuidado com a criança.

“Vamos inquirir os pais novamente, ouvir todos os envolvidos no fato, como profissionais, vizinhos, familiares, serão requisitadas outras perícias, e se necessário uma acareação”, afirma o delegado. No dia 13 de julho, os pais da vítima compareceram espontaneamente à Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e Juventude da Capital e prestaram depoimento.

Segundo relato dos suspeitos, a menina teria ingerido a substância enquanto brincava numa praça. “O pai nega ser usuário de crack, mas afirma ser usuário de maconha. Vamos requisitar os exames toxicológicos nos pais, entre outras medidas a fim de que tudo seja esclarecido”, acrescenta o policial. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.

O diretor em exercício do IPC, Israel Aureliano, destacou o esforço do Instituto em apresentar os resultados com agilidade e eficácia. “Nós tínhamos uma prazo legal de 10 dias para a conclusão do laudo, no entanto, o IPC buscou dar celeridade ao caso e contribuir para o esclarecimento do fato, mantendo os critérios para a confiabilidade dos exames”, afirma.

As amostras coletadas para o exame foram encaminhadas ao IPC no dia 9 de julho e o laudo concluído na tarde de ontem (17), sendo apresentado imediatamente à autoridade policial.