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Emepa detém registro de quatro variedades de palma resistentes a pragas

segunda-feira, 15 de outubro de 2012 - 13:05 - Fotos:  Roberto Guedes/Secom-PB

03.10.12 emepa_bioreator_foto_roberto guedes (70)Pesquisadores da Empresa Paraibana de Pesquisa Agropecuária (Emepa) inovam com uma técnica de micropropagação de mudas de palma. Com o método, a raquete de palma forrageira resistente a pragas e doenças se multiplica em 30 mudas. A meta do Governo do Estado é distribuir as mudas da palma em todo território paraibano para substituir as palmas que estão sendo dizimadas pela praga da cochonilha-do-carmim.

O método é simples e inédito. Somente a Emepa tem quatro cultivares registrados no Ministério da Agricultura a partir de pesquisas. Uma raquete de palma sai por menos de um centavo de real.

A palma forrageira é um alimento importante na atividade pecuária. Na região do semiárido paraibano, há cerca de dez anos os palmais vem sendo dizimados por um inseto conhecido como cochonilha-do-carmim. O foco surgiu no município pernambucano de Sertânia e chegou a Monteiro e Sumé, na Paraíba.

O presidente da Emepa, Manoel Duré, avalia que a experiência é exitosa e está atendendo a demanda dos produtores rurais paraibanos. Em abril deste ano, cerca de 280 produtores rurais da região do Cariri Ocidental receberam a variedade de palma forrageira resistente à cochonilha-do-carmim. A distribuição é possível por meio de parceria com  prefeituras e o Banco do Nordeste.

Na ocasião foram distribuídas 80 mil raquetes da variedade Palmepa PB 1 e Palmepa PB 2, no município de São Sebastião do Umbuzeiro. Cada produtor recebeu entre 100 e 150 raquetes. Só no final do ano passado, o Governo do Estado distribuiu dez mil raquetes a produtores familiares do Cariri Ocidental. Hoje a Emepa já desenvolve a Palmepa PB 3 e Palmepa PB 4.

O biólogo e pesquisador da Emepa, Ailton Moraes, coordena as pesquisas na Estação Experimental Cientista José Irineu Cabral, em João Pessoa. De acordo com o cientista, se pedaços da palma forem plantados em um retângulo de 2,5 m por 5,0 m, com 50% de terra e 50% de esterco de gado, todos eles serão germinados. “Na realidade nós pegamos uma palma e fazemos 30 a cada 35 dias”, explica Ailton.

Em um hectare é possível se produzir até 60 mil mudas de palmas ao custo de R$ 6 mil reais, no método antigo. Com o método da micropropagação, o custo é de apenas R$ 600 reais para a mesma área.  A Emepa também orienta os produtores no manuseio das mudas de palma. No campo, as mudas precisam passar oito dias na sombra depois do corte e, em seguida, poderão ser plantadas e irrigadas. Se um produtor plantar em um canteiro de um metro por dez metros, com espaçamento de dez centímetros, ele terá 1.000 mudas para plantar a cada 35 dias.

O Governo pretende desenvolver campos de produção de sementes, ou seja, de uma raquete plantada brotarão novas raquetes, que serão repassadas a outros agricultores.