João Pessoa
Feed de Notícias

Avanços: Rede de Cardiologia Pediátrica da Paraíba conquista primeiro lugar em Congresso

quinta-feira, 5 de julho de 2012 - 17:25 - Fotos: 

A Rede de Cardiologia Pediátrica (RCP) da Paraíba conquistou o primeiro lugar durante o XXXIII Congresso Norte Nordeste de Cardiologia, que aconteceu semana passada em Manaus, capital do Estado do Amazonas. O trabalho em destaque foi: “Ecocardiograma de Triagem Feito pelo Neonatologista: Experiência Inicial com Projeto Multicêntrico”,

O responsável pela apresentação foi o coordenador da rede de maternidades para o diagnóstico precoce da cardiopatia no Estado e também coordenador da maternidade Cândida Vargas, o médico Cláudio Teixeira Régis. Ele disse que esse prêmio representa mais um incentivo para que os médicos que compõem a Rede de Cardiologia da Paraíba continuem trabalhando para ajudar a salvar a vida das crianças paraibanas que sofrem de cardiopatias congênitas. Ele adiantou que outros trabalhos serão apresentados no Congresso Brasileiro de Cardiologia marcado para acontecer em novembro desse ano na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Cláudio Teixeira explicou que a RCP foi criada, a partir do convênio entre o Governo do Estado e o Circulo do Coração do Pernambuco com o objetivo de estruturar a assistência em cardiologia pediátrica no Estado com capacitação e produção científica. Esta parceria foi assinada em outubro do ano passado. Na Paraíba, 12 maternidades e o Complexo de Pediatria Arlinda Marques fazem parte do projeto. As cidades que estão sendo beneficiadas com o convênio são João Pessoa, Picuí, Monteiro, Esperança, Itaporanga, Guarabira, Campina Grande, Sousa, Patos e Cajazeiras.

Os médicos que participam do convênio realizam uma triagem através do exame de oximetria em todos os recém-nascidos em até 24 horas após o nascimento. Trata-se de um exame que mede a saturação de oxigênio no sangue. Nos casos em que é detectada alguma anormalidade, os bebês são encaminhados para realizar exames mais aprofundados, como o ecofuncional.

A rede de maternidades estruturada para realizar o diagnóstico da cardiopatia são a Cândida Vargas, em João Pessoa; Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea), em Campina Grande, e Peregrino de Carvalho, em Patos.  Na Capital estão interligadas à rede as maternidades Frei Damião, Arlinda Marques e Hospital da Polícia Militar General Edson Rasmalho. Na região de Campina Grande estão ligadas as maternidades das cidades de Esperança, Monteiro e Picuí. E na área de Patos estão interligadas as maternidades dos municípios de Itaporanga, Sousa e Cajazeiras.

Tecnologia – Como forma de proporcionar uma melhor integração entre os médicos e as Centrais instaladas no Hospital Arlinda Marques e a Associação Círculo do Coração,  agilizando o diagnóstico e possibilitando a discussão de casos através de teleconferências, o Governo do Estado fez a entrega Ipads para as 12 maternidades. Os equipamentos estão agilizando o diagnóstico e o atendimento aos bebês que nascerem com doença cardíaca.

Cláudio Teixeira Régis explicou  essa estrutura de internet  interliga todos os hospitais e maternidades. “A intenção é que os médicos possam se qualificar tirar dúvidas, trocar experiências, dialogar sobre os casos e realizar de maneira rápida o diagnóstico da doença e planejar melhor as cirurgias cardíacas infantis”, finalizou.

O secretário de Estado da Saúde, Waldson Dias de Souza, afirmou que o Governo está ampliando a qualidade do acesso à saúde para aqueles que mais precisam do serviço, utilizando equipamentos de ponta, oferecendo conhecimento científico na área e melhorando a infraestrutura dos hospitais.

Com relação ao convênio assinado o com a Associação Círculo do Coração, Waldson Souza destacou a importância e a potencialização desse serviço, que prioriza as crianças com problemas cardíacos. “Estamos melhorando e avançando nos serviços e capacitando os profissionais para oferecer assistência de qualidade à população, desde o atendimento ambulatorial até a alta complexidade. Esse é o compromisso que o Governo do Estado tem com o povo paraibano, mas para isso é necessário estruturar os serviços em rede e contar com o apoio de todos os técnicos de saúde”, disse o secretário.