A cantora paraibana Elba Ramalho elogiou, nesta quinta-feira (30), a iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura, de retomar a realização do Festival de Artes de Areia. “Tudo que você fizer para preservar a cultura popular, levar a arte de graça para o povo é para se aplaudir”, ressaltou a cantora, acrescentando que a “Paraíba sempre foi régua e compasso para a cultura de modo geral”.
Na coletiva que concedeu à imprensa, no final da tarde, no Garden Hotel, em Campina Grande, ao lado do secretário de Cultura, Chico César; da secretária executiva de Cultura, Amazile Vieira, e do vice-presidente da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego, William Tejo Filho, Elba Ramalho adiantou que o show que fará na abertura do 13º Festival de Artes de Areia, às 22h, será um reencontro com as raízes culturais.
“Vou fazer uma homenagem a Luiz Gonzaga, cantar Jackson do Pandeiro e fazer uma releitura dos meus 32 anos de carreira, que começou em Campina Grande e se estendeu por toda a Paraíba e o Brasil”, ressaltou Elba, adiantando que o show será bastante diversificado, misturando ritmos da região como baião, maracatu, xote, frevo, pastoril, caboclinhos e forró.
A cantora paraibana salientou que nasceu em Conceição, no Sertão, mas sua história cultural e início da carreira profissional começou em Campina Grande. Ela lembrou que atuou na Fundação Artística e Cultural Manoel Bandeira (Facma), com produção de eventos musicais, teatrais e musicais ao lado da professora e crítica literária Elizabeth Marinheiro. E também destacou a revelação de artistas de sua geração na cidade, a exemplo de Bráulio Tavares e do artista plástico Antonio Dias, entre outros.
Por sua vez, o secretário Chico César ressaltou que a abertura do festival por Elba Ramalho é uma forma de reconhecer o valor do artista paraibano. “A minha luta como secretário é fazer a Paraíba se reconhecer em seus valores, se apropriar dos seus valores. Para nós, é muito importante pontuar essa questão da identidade. O festival também oferece oficinas de cinema, dança, audiovisual, teatro, literatura, exibição de filmes, palestras, exposições, artesanato e muita música”, enfatizou Chico.
Após o show de Elba Ramalho, haverá apresentação do pernambucano enraizado na Paraíba, Chico Viola. O público vai apreciar, ao som de voz e violão, uma leitura musical da poesia de Augusto dos Anjos. São poesias que se transformaram em faixas musicais registradas no álbum “Viola dos Anjos”, de 2002. Para encerrar a noite com a mistura de samba, afrobeat e batucadas afronordestinas; às 24h, tem a banda paraibana Sonora Samba Groove.