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Governo intensifica ações para diagnóstico de tuberculose

quarta-feira, 12 de agosto de 2009 - 09:20 - Fotos: 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está intensificando as ações nos municípios paraibanos que não conseguem atingir a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para o diagnóstico de novos casos de tuberculose. O MS recomenda que sejam detectados, pelo menos, 70% dos casos esperados. No ano passado, Santa Rita, por exemplo, diagnosticou apenas 46 dos 90 casos esperados (51%) e Sapé 13 dos 34 casos esperados (38%). A SES iniciou um projeto juntamente com os gestores dos dois municípios para mudar esse quadro.

O projeto ‘Desafios das Ações de Controle da Tuberculose na Atenção Primária nos municípios de Sapé e Santa Rita’, foi apresentado nesta terça-feira (11) aos representantes da área da saúde dos dois municípios, na sede da SES, em João Pessoa. O projeto foi elaborado durante o curso de aperfeiçoamento em gestão da atenção primária à saúde, que faz parte do Projeto de Cooperação Internacional para o Fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, firmado entre o Brasil e o Canadá.

“Esse problema ocorre na maioria dos municípios paraibanos, mas escolhemos Sapé e Santa Rita porque, além de termos a participação de representantes de lá no curso, a maioria dos pacientes é tratada no Hospital Clementino Fraga, que é referência no Estado para a doença. O ideal é que essas pessoas procurem as unidades básicas de saúde dos seus municípios, que estão preparadas para atendê-los. Isso também facilita a rapidez no diagnóstico da doença”, disse Nadja Rocha, gerente de Vigilância Epidemiológica da SES.

Segundo Darci Santana, coordenadora do programa de tuberculose de Santa Rita, os pacientes têm medo de serem discriminados e, por isso, evitam procurar as unidades básicas de saúde. “No município, temos laboratórios que realizam o exame para detectar a tuberculose e dispomos da medicação, mas a maioria das pessoas prefere procurar o Clementino. De qualquer forma, estamos capacitando as equipes dos PSFs, bem como os bioquímicos do serviço de saúde, para que possamos melhorar o diagnóstico dos novos casos”, disse.

Em Sapé, segundo Caroline Queiroga, coordenadora do programa de tuberculose, o único laboratório que realizava os exames de baciloscopia (que detecta a tuberculose), está interditado desde o inicio do ano pela Vigilância Sanitária do município, o que dificulta o diagnóstico. “Por causa disso, estamos enviando os pacientes para o Clementino Fraga, mas muitos não retornam ao médico para mostrar o resultado do exame, o que nos impede de ter um controle do número real de casos. Estamos tentando reativar o laboratório e esperamos achar outras soluções, a partir desse projeto”, afirmou.

Em Campo – Segundo Rosete Arcoverde, gerente operacional em Gestão da Atenção Básica da SES, o próximo passo será uma visita aos dois municípios. “Vamos nos reunir com os secretários municipais de Saúde, com os técnicos da área e com os profissionais que trabalham nos PSF’s, para que juntos, possamos desenvolver ações que ajudem esses dois municípios a melhorar o diagnóstico da doença”, explicou.

Participaram da elaboração do projeto, representantes das secretarias de Saúde dos dois municípios, da Gerência Operacional em Gestão da Atenção Básica, do Núcleo de Doenças Endêmicas da Gerência Operacional de Vigilância Epidemiológica e do Projeto Vigilância em Saúde (VigiSus), da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES.

A tuberculose é uma doença infecciosa, que se dissemina através de gotículas no ar, que são expelidas quando pessoas infectadas tossem, espirram, falam ou cantam. Os principais sintomas são tosse há mais de 15 dias, febre, perca de peso, cansaço e falta de apetite.
 

Assessoria de Imprensa da SES-PB