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Maranhão visita criança e anuncia fim da ‘fila da morte’ na rede hospitalar

quarta-feira, 12 de agosto de 2009 - 17:02 - Fotos: 

Um elenco de ações está sendo empreendido pelo Governo do Estado para transformar a rede hospitalar oficial num ambiente onde as pessoas possam ser atendidas com mais carinho, maior agilidade e eficiência, acabando assim com a chamada ‘fila da morte’ em unidades de saúde. Foi o que revelou na tarde desta segunda-feira (12), o governador José Maranhão, ao visitar o Hospital Infantil Arlinda Marques, em João Pessoa, onde está em fase de recuperação a menor Jordânia da Silva Félix, de 4 anos, que foi submetida a uma cirurgia cardíaca.

Segundo ele, a meta do Governo é deixar em pleno funcionamento 30 hospitais em todo o Estado, que se encontram em situação precária, de modo que possam oferecer um melhor e mais eficiente atendimento à sociedade. Citou o exemplo do Arlinda Marques, que continua prestando atendimento hospitalar e ao mesmo tempo realiza obras necessárias à melhoria de sua infraestrutura.

Com essas ações em execução, o governador disse que pretende acabar com a ‘fila da morte’ que estavam sendo submetidos alguns paraibanos. “É isso o que pretendemos, mas não podemos fazer tudo tão rapidamente porque são erros acumulados por tantos anos. Assim, na medida do possível, estamos trabalhando para no futuro acabar com situações com essa, em que as pessoas ficavam muito tempo esperando uma oportunidade de atendimento e, devido a tanta demora, terminavam morrendo a míngua”, comentou.

Cirurgia pioneira – Sobre a realização da cirurgia cardíaca pele equipe médica do Arlinda Marques, o governador disse que estava satisfeito e feliz com o seu êxito, parabenizando os médicos pelo trabalho. Ele demonstrou confiança de que a criança ficará totalmente curada, destacando ser esse o primeiro atendimento cirúrgico na especialidade realizado pela equipe médica do Hospital Infantil. A menor Jordânia, de 4 anos, sofria de uma cardiopatia congênita conhecida como persistência do canal arterial (PCA) e se recupera bem na UTI do hospital.

Maranhão lembrou que o setor onde a criança se submeteu ao procedimento cirúrgico foi equipado ainda durante sua administração, mas passou seis anos sem funcionar. Também destacou o esforço do Governo para fazer funcionar outros hospitais existentes no interior da Paraíba, que hoje atendem precariamente ou estão com obras paralisadas.

Prioridade – Ele disse que a menina Jordânia passou três anos esperando para ser atendida, o que somente aconteceu agora depois que o Governo tomou conhecimento de sua situação. “Somente agora, na nossa administração, ela teve essa oportunidade porque nós tratamos a questão hospitalar com seriedade. Além disso, executamos oito cirurgias neurológicas e essas são marcas de uma gestão realmente preocupada em dar à saúde a prioridade que merece”, disse.

Revelou que o Governo está trabalhando em duas frentes: uma é prestar a assistência médica aos pacientes e a outra é prosseguir com as obras de recuperação dos prédios e reaparelhar os hospitais, de modo e melhorar a prestação de serviços.

A equipe de cardiologia do Hospital Arlinda Marques conta com 50 profissionais, incluindo cirurgiões, clínicos, paramédicos, enfermeiros e outros especialistas, chefiada pelo médico Maurílio Onofre. A primeira cirurgia, que durou cerca de uma hora, foi realizada pelos cirurgiões Maurílio Onofre, Antonio Pedrosa, Daniel Magalhães, Orlando Gomes, mais os anestesistas Bernardo Nóbrega e Ruy César Evangelista.

Durante este ano, 55 crianças cardiopatas foram encaminhadas pela Central Estadual de Regulação de Alta Complexidade a outros estados para se submeterem a procedimentos cirúrgicos. Dessas, 54 foram feitos durante a administração do governador José Maranhão.

O Arlinda Marques também iniciou as cirurgias neurológicas e ortopédicas de crianças, já que na rede pública não havia um hospital infantil especializado nessas demandas. Em menos de dois meses, já foram realizadas oito neurocirurgias e três cirurgias ortopédicas.
 

José Nunes, com fotos de Ernane Gomes, da Secom-P