De acordo com o médico Eduardo Lira de Assis, que estava de plantão no último sábado, o menor realmente deu entrada no Hospital Regional suspeito de ter sido infectado com o vírus Influenza causador da Gripe A. Ele veio de Boqueirão apresentando problemas respiratórios graves e outros sintomas da gripe A (H1N1).
A médica que atendeu o menor, Maria José Andrade de Carvalho, confirmou que o paciente chegou no Hospital Regional com problema Respiratório Grave. Entretanto, ele não chegou a ser internado no Hospital Regional mas ficou na emergência, aguardando a transferência para o Hospital Universitário Alcides Carneiro, que é referencia para o tratamento da doença. Isso porque, ao perceber os sintomas da Gripe A, Maria José de Andrade imediatamente acionou o HUAC. “Doutora Maria imediatamente tentou transferir o menor para o Hospital Universitário”, contou Eduardo.
A resposta inicial do HU foi não. Ou seja, a equipe de plantão no Hospital Universitário disse que não podia atender o menor, porque não tinha pediatra de plantão.
Mesmo com a recusa, Maria José Andrade insistiu e tentou outra vez transferir o menino para o Hospital Universitário. Desta vez ela acionou diretamente a diretora da unidade hospitalar, médica Alana Abrantes, que prontamente autorizou a internação. Depois da autorização, a médica de plantão na UTI infantil do HU ligou para o Hospital Regional pedindo para não transferir o menino, pois, segundo ela, não havia vaga.
Só após o caso chegar ao conhecimento do Promotor da Infância e da Juventude Herbert Targino foi que o menor de 13 anos foi transferido para o HU, onde veio a óbito no último domingo após agravamento do quadro de pneumonia.
Sobre a prescrição da medicação Tamiflu, a médica Maria José Andrade garante que em nenhum momento passou doses do remédio para o menino. E não tinha mesmo como passar. Isso porque o Hospital Regional não tem Tamiflu. “Eu não passei o tamiflu. O hospital nem tem essa medicação”, garatiuu a médica.
A coordenadora de epidemiologia do Hospital Regional Maria do Socorro disse que esse tipo de medicação só pode ser passado pelo Hospital Universitário, que é referência para o tratamento dos pacientes com a gripe A. A coordenadora disse ainda que o tamiflur só pode ser conseguido pelos hospitais referência no tratamento da gripe A mediante autorização da Secretaria Estadual de Saúde.
No Brasil apenas 52 hospitais escolhidos pelo Ministério da Saúde como referência para tratar os pacientes suspeitos de gripe A tem permissão para passar esse tio de medicamento. “Na Farmácia do Hospital Regional não tem tamiflu”, garantiu
O diretor do Hospital Regional João Menezes disse que o procedimento da médica Maria José foi correto. Isso porque, apenas o Hospital Universitário está apto para tratar os pacientes com influenza.
Referência
A direção do Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes tem insistentemente apelado as pessoas suspeitas de pegar a Gripe A, procurarem o Hospital Universitário Alcides Carneiro, que tem leitos disponíveis, médicos infectologistas e é referência no atendimento da doença.
Assessoria de Imprensa do Hospital de Trauma de Campina Grande