A Penitenciária de Recuperação Feminina Maria Júlia Maranhão se transformou em sala de cinema. Pela terceira vez, um telão foi colocado no pátio da unidade, e pipoca e refrigerante foram distribuídos. O momento cultural foi compartilhado por detentas, integrantes da direção e agentes penitenciários.
Para a atriz Marcélia Cartaxo, que participou do evento na noite da quarta-feira (15), a cultura deve alcançar todos, independente de classe social ou situação com a justiça. “É um prazer poder trazer esse tipo de cinema para que elas tenham a oportunidade de conhecer o trabalho feito na Paraíba e que não é comercial”, disse.
Durante mais de uma hora de sessão foram exibidos os curtas paraibanos “Parrá – Becos da Boemia”, da TV Cidade, “Eu Sou o Servo”, de Eliézer Rolim, “O Tempo de Ira”, de Marcélia Cartaxo, e “Casa de Lirismo”, de Tomas Freitas.
Simone Barbosa cumpre pena na unidade e sempre participa das atividades, oferecidas pelo presídio àquelas que têm bom comportamento. “Cinema distrai e faz com que a gente se sinta um pouco lá fora. Esses filmes são diferentes e feitos aqui na nossa terra, gostei e quero poder ver mais desses lá fora”.
Para a diretora Cínthya Almeida, a atividade leva cultura e informação, tranquilizando as detentas e tirando o estresse da rotina diária na unidade prisional. “Essa é a terceira vez que trazemos cinema para elas e o resultado sempre é positivo. Procuramos sair da rotina para que a realidade delas não seja tão dura”.
A ação faz parte do programa “Cidadania é Liberdade”, que promove ações de educação, trabalho, cultura e saúde voltadas para a ressocialização dos detentos do sistema prisional paraibano, que também envolve suas famílias.