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Paraibanos são homenageados na 17ª Mostra Estadual de Teatro, Dança e Circo que começa nesta sexta-feira

quinta-feira, 1 de novembro de 2012 - 16:48 - Fotos: 

Enaltecer a arte e os artistas paraibanos. Essa é uma das missões da ‘Mostra Estadual de Teatro, Dança e Circo’ que chega à sua 17ª edição. Em 2012, quatro importantes nomes da cultura são reverenciados: na dança é Maurício Germano. No circo é Major Palito, de Campina Grande. No teatro a homenagem é póstuma, ao teatrólogo Elpídio Navarro, falecido em julho deste ano. Além desses três nomes, mais um artista recebe as honrarias do festival, trata-se do bailarino e professor José Enoch, homenageado especial do evento que tem início nesta sexta-feira (2), às 20h, no Theatro Santa Rosa, e se estende até o dia 10 deste mês.

O teatro paraibano não poderia ser melhor representado na figura de Elpídio Navarro. O dramaturgo, conhecido no Estado como “O mestre do Teatro”, nasceu em João Pessoa, em 1936. Atuou nos palcos paraibanos por muitos anos, antes de assumir por duas vezes a direção do Theatro Santa Roza, onde é realizada a Mostra Estadual de Teatro, Dança e Circo.

Elpídio foi responsável pela reforma do teatro  no fim da década de 80 e início dos anos 90. Graduado em Jornalismo, também foi professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e escritor. Sua obra mais conhecida chama-se “O Velório” e recentemente, era editor do site ‘eltheatro.com’.

O homenageado começou no Teatro do Estudante da Paraíba em 1954, o que soma 56 anos de artes cênicas, onde teve desempenho brilhante como ator, cenógrafo, iluminador, autor, produtor e diretor de teatro.

Dança – O bailarino e coreógrafo  Maurício Germano  ( criador e diretor do Balé Popular da UFPB, grupo premiado com o 2º lugar na edição de 2011 da Mostra) é o homenageado. É ele quem assina a direção e coreografia do espetáculo “Ambiguidades”, do grupo Produções Cia de Dança, atração da noite de segunda-feira (5), no evento.

Para o coreógrafo, a notícia de que seria homenageado na 17ª edição da Mostra foi recebida com surpresa. “Nem caiu a ficha direito. Recebo essa homenagem como fruto de um trabalho que venho desenvolvendo há muitos anos com a dança. É muito importante ser homenageado na terra da gente, e ainda em vida”, disse o artista.

Também na dança, a Mostra homenageia José Enoch  (um dos nomes de maior projeção que a dança paraibana alcançou). Natural de Rio Tinto, deu seus primeiros passos na dança quando estudava no Colégio Carlos Erneck, na cidade de Petrópolis (RJ), para onde seguiu com seus pais aos dez anos de idade. Brilhou nos palcos dos Estados Unidos e voltou para a Paraíba para realizar o sonho de criar seu próprio corpo de balé.

Quando brilhou nos palcos dos Estados Unidos e da Europa, o dançarino paraibano José Enoch ganhou notoriedade e dinheiro. De volta à Paraíba, realizou o sonho de criar um corpo de Ballet.

Circo – No circo, quem vai receber a homenagem da Funesc é Major Palito, nascido e criado no bairro de Catolé, em Campina Grande. Figura popular, é reconhecido pelo público da cidade quando está vestindo o figurino ou mesmo à paisana. O nome de registro fica apenas para a identidade.

Aos 80 anos, gosta mesmo é de ser chamado pelo nome do palhaço. A paixão pelo circo é tanta que chegou a transformar o quintal de casa em picadeiro, criando o “Circo Fundo de Quintal”. A família, é claro, apoiou e se deixou contagiar pela arte circense. Filhos (ao todo, nove), netos e mesmo a esposa. Hoje, dez parentes da família Cabral compõem a Companhia de Teatro Mambembe, junto à qual Major Palito ainda se apresenta.

Major Palito trabalhou como locutor e repentista, viajando pela região ao lado do companheiro poeta Gabriel Lourenço. Mas a paixão mesmo era a palhaçada. Mesmo agora com idade avançada, depois de ter visto e vivido muitos espetáculos e passado por dificuldades, resume de maneira simples e romântica a motivação do seu trabalho “Eu não me apresento por dinheiro, é por amor”, diz Major Palito.