João Pessoa
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Alvarás não eram liberados pela Prefeitura por conta de débitos contraídos desde 2003

segunda-feira, 10 de agosto de 2009 - 14:30 - Fotos: 
Nos próximos dez dias, centenas de comerciantes que foram impedidos há seis anos de abrir suas lojas dentro da segunda maior Central de Abastecimento da Paraíba, em João Pessoa, vão poder iniciar a regularização para reabertura de seus negócios com a venda de hortifruti por atacado.

Foi o que garantiu o presidente da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa), Germano Targino, após negociações com a Secretaria da Receita Municipal da Prefeitura de João Pessoa, na sexta-feira (7), que não liberava os alvarás por conta de débitos da gestão estadual anterior.

Segundo Germano Targino, a não liberação do documento se devia às dívidas contraídas desde 2003 junto à Prefeitura, geradas por impostos territoriais, taxa de lixo, imposto sobre serviço de terceiro e infrações em decorrência de construção irregular. “Porém, procuramos resolver o impasse para que o nosso entreposto de comercialização voltasse a crescer, impulsionando a economia do município”, destacou.

Certidão positiva – Conforme a assessoria jurídica da Empasa, as dívidas contraídas estavam sendo objetos de cobrança judicial ou inscritas na dívida ativa para cobrança futura.

Assim, a expedição do alvará estava condicionada a regularidade fiscal, o que é comumente exigido pelos gestores públicos, embora tal conduta seja passível de discussão judicial. “Para evitar maiores prejuízos e sem adentrar no mérito das dívidas, foi requerida uma certidão positiva com efeito negativo, a fim de que novos empreendimentos e convênios possam ser concretizados”, lembrou o advogado Hermano Gadelha de Sá.

Ele informou ainda que além da certidão com a indicação dos débitos existentes, será realizado um levantamento minucioso para saber da existência de dívidas ainda não inscritas, a fim de conhecer o real tamanho das pendências fiscais junto à Prefeitura e a sua legalidade.

Compensação
– Durante a reunião de negociação na última sexta-feira (7), a assessoria jurídica da Empasa também solicitou a Secretaria da Receita Municipal que fosse dado prosseguimento e prioridade ao processo de avaliação sobre a utilização de uma área pertencente a estatal, a fim de que o valor decorrente da expropriação irregular seja utilizada para a compensação das dívidas.

Mais de 500 comerciantes vendem por mês na Empasa de João Pessoa (ex-Ceasa) uma média de 8,5 mil toneladas de hortifruti, gerando uma movimentação financeira de R$ 9 milhões.

“Atualmente, 120 comerciantes estão na fila de espera para abrir novos postos de trabalho no entreposto de comercialização da Capital, e a tendência é que a partir de agora outras pessoas nos procurem para abrir ou ampliar o seu comércio. Diante disso, procuramos dar celeridade aos entendimentos para resolver a questão”, argumentou Germano Targino.

Da Assessoria de Imprensa da Empasa