As secretarias de Estado de Desenvolvimento, da Mulher e Diversidade Humana e da Segurança e Defesa Social estão realizando em alguns municípios uma série de treinamentos sobre o enfrentamento à violência contra a mulher. Nesta quinta-feira (13), técnicos das três secretarias estarão em Santa Rita, que figura entre as cidades com mais incidência desse tipo de violência.
Durante a capacitação, que ocorrerá no Centro de Formação Comunitária, no Conjunto Marcos Moura, as orientações serão repassadas a técnicos, líderes comunitários, professores e demais integrantes da Rede de Defesa da Mulher no município. A coordenadora estadual dos Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), Madalena Dias, detalhará como funciona o atendimento às vítimas de violência. A mesma capacitação foi realizada nos municípios de Cabedelo e do Conde.
Creas na Rede de Atenção – No Creas existe uma equipe preparada para atender a qualquer tipo de direito violado, inclusive, as agressões físicas e psicológicas. Em todo o Estado, são 91 Creas, desses 20 são regionais que atendem juntos a 197 municípios e os demais são municipalizados. De acordo com Madalena Dias, no primeiro semestre deste ano foram registrados nos Creas Regionais 32 casos de violência física e um de abuso sexual contra mulheres.
Segundo dados do portal www.violenciacontramulher.pb.gov.br, a Secretaria de Estado de Segurança e Defesa Social (SEDS/PB) registrou 80 assassinatos de mulheres no primeiro semestre de 2012. Destes, 32% são relacionados à violência doméstica e sexual; 31% ao envolvimento com drogas; 18% a definir; e os demais relacionados a outras causas, como latrocínio e vingança. O portal, que traz um resumo sobre a problemática e com instruções para as denúncias, é uma das ferramentas utilizadas pelo Governo do Estado para ajudar as vítimas.
Denuncie – Após a ameaça, violência física, violência sexual ou psicológica, as mulheres devem registrar a ocorrência na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) ou em uma delegacia comum/distrital, procurar o Creas ou um Centro de Referência da Mulher, que atendem mulheres em situação de violência com assistente social, psicólogo e advogado. Os juizados especializados e a Defensoria Pública realizam atendimento jurídico com mais celeridade.
As vítimas também devem procurar a Unidade de Saúde da Família, maternidade ou hospital mais próximo para receber atendimento emergencial e encaminhamento para os serviços de referência.
Em casos de estupro, procurar imediatamente, ou no máximo em 72 horas, o serviço de saúde para realizar a contracepção de emergência e evitar gravidez decorrente do estupro, além de fazer a prevenção às DSTs/Aids e hepatite viral.
Em casos de ameaças, com risco de morte, a vítima pode ser encaminhada a Casa Abrigo Aryane Thais, em João Pessoa. Existe também o número 197 da polícia para denúncias de violência contra a mulher.