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Brinquedoteca do Trauma auxilia na recuperação das crianças enfermas

terça-feira, 20 de novembro de 2012 - 17:00 - Fotos: 
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Foto: Walter Rafael/Secom-PB

Em meio as dores físicas e superações diárias as crianças que são internadas no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena podem desfrutar de um ambiente lúdico, colorido e cheio de fantasias. É assim que os pequenos pacientes da instituição enxergam a brinquedoteca da unidade hospitalar. Equipada com brinquedos educativos e livros infantis o espaço foi criado com a finalidade de auxiliar na recuperação das crianças enfermas.

A brinquedoteca é dirigida pelo setor de psicologia do Hospital, que além de diverti-las cria um momento para tranqüilizar o emocional dos pequenos, por meio de atividades lúdicas, conversas educacionais e brincadeiras infantis. “Esse momento é muito especial para esses pequenos pacientes, pois eles podem lembrar que são crianças, que sentem a necessidade de brincar e extravasar a alegria típica da idade”, explica a psicóloga Denise Medeiros.

Denise afirma que o espaço lúdico serve para retirar o paciente, nem que seja por algumas horas, do ambiente hospitalar. “São momentos como esse que pode tranqüilizar a criança para a continuação do tratamento, que em alguns casos pode ser um pouco mais demorado dependendo da situação clinica enfrentada pelo paciente. Além disso, quando estamos internados nos sentimos a pior das criaturas, ficamos muito fragilizados, tristes e deprimidos. Mas quando vemos pessoas se mobilizando para trazer uma palavra de amor esquecemos por algum tempo a nossa condição de enfermos e começamos a perceber que existe um mundo lá fora nos esperando cheio de alegrias e oportunidades,” enfatiza.

Exemplo -  Um menino de cinco anos, que está internado no Hospital, vai todos os dias a brinquedoteca. Mesmo sem conseguir realizar alguns movimentos, já que está com a perna imobilizada, a criança participa das brincadeiras desenvolvidas no ambiente, e adquiriu o habito de montar quebra-cabeça. “Ele adora participar das brincadeiras existentes na brinquedoteca. É um momento só dele”, explica a dona de casa Jaqueline Elisia, mãe do menino.

Para a coordenadora do setor de psicologia, Anne Michelle Paiva, quando a criança sai do contexto familiar e passa a conviver numa conjuntura totalmente diferente de sua realidade pode adquirir alguns traumas, por isso existe a necessidade da inclusão da ludoterapia no decorrer do tratamento. “O trabalho desenvolvido com esses pequenos pretende facilitar o tratamento que eles recebem. Depois dos momentos lúdicos podemos notar mais tranqüilidade no emocinal das crianças”, ressalta.

Anne garantiu que todas as crianças internadas são assistidas na instituição. “Mesmo quando as crianças, por motivos clínicos, não podem se locomover até a sala da diversão, nós levamos as pinturas, brinquedos e histórias até elas. Essa é uma forma de incentivar o seu desenvolvimento, em meio a momentos de sofrimento e dor”, conclui.

No espaço também são desenvolvidas atividades com os acompanhantes dos pacientes. São realizadas oficinas de artesanato, onde as peças ajudam na decoração do próprio ambiente ou são utilizadas dentro das enfermarias.

Atendimentos – Por mês é realizado uma média de 900 atendimentos com crianças na faixa etária do zero aos 14 anos. Os ferimentos causados por queda lideram os registros, representando 47,11% do total de entradas. De acordo com o coordenador da pediatria do Hospital de Trauma, Fabiano Oliveira de Alexandria, as razões mais freqüentes das quedas entre crianças e adolescentes são distintas, mas ambas tem relação com a falta de prudência.