O agricultor familiar Petrônio Correia, morador do sítio Riachão da Barra, em Alagoa Nova, trabalha em uma área de dois hectares com uma diversidade de culturas, mas destaca-se com a criação de galinha de capoeira. É um criatório de 30 aves, que inova disponibilizando o animal cozido em panela de barro e fogão de lenha, caso seja do interesse do cliente.
Todo o trabalho tem o acompanhamento dos extensionistas da Emater Paraíba, empresa vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), inclusive orientando para a execução de ações de convivência com a estiagem que, neste ano, também está castigando a região, apesar de ser uma área de Brejo.
“Nossa criação de galinhas é pequena, mas atende a freguesia. Vendemos sob encomenda. É uma renda alternativa. Os animais ficam soltos, se alimentam à base do que é produzido no sítio”, explicou Petrônio. No entanto, para atender aos clientes, ele mantém alguns animais em confinamento para o abate ou para a comercialização na cidade. Os ovos são vendidos na comunidade.
Junto com a criação de galinhas, Petrônio também trabalha com o cultivo de frutas e verduras, mesmo em pequena escala, que comercializa ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), juntamente com outros 17 agricultores familiares integrantes da Associação dos Produtores da Chã da Barra e adjacências. Os trabalhos são acompanhados pelos escritórios da Emater em Areia e Alagoa Nova.
Com o assessoramento da Emater, principalmente para a criação de aves, ele agregou valor às atividades agrícolas que desenvolve, obtendo mais lucros. O preço de cada galinha abatida fica em torno de R$ 30,00, dependendo do tamanho. “Quando o freguês quer alguma encomenda, nos telefona com antecedência e depois fazemos a entrega em domicílio”, garante.
Para a presidente da Associação dos Produtores da Chã da Barra e adjacência, Geusa Fernandes dos Santos, Petrônio Correia é um agricultor familiar exemplar, que trabalha com diversas culturas, desde laranja, banana, goiaba, manga, caju, pimenta-do-reino. “De tudo ele produz”, comentou.
“Temos um grande parceiro que é a Emater. Os projetos sempre são bem-vindos. Estamos animados porque temos mercado garantido”, comentou Geusa Fernandes.
Junto com os extensionistas, a Associação trabalha no sentido de orientar o agricultor para projetos produtivos. O Grupo Comunidade em Ação de Chã da Barra tem como meta recuperar o Rio Mamanguape para melhorar a qualidade de vida das famílias. Outro projeto que está em andamento é a produção de plantas medicinais. A comunidade já trabalha na fabricação de sabonetes, cicatrizantes e velas aromáticas.