Orientar e conscientizar religiosos e simpatizantes dos cultos afro-indígenas a adotarem práticas ecologicamente corretas nas preparações de oferendas. Essa é a proposta da cartilha “Práticas Sustentáveis e Meio Ambientes para matriz afro-brasileira”, lançada pelo Governo do Estado da Paraíba, em solenidade na manhã de sábado (01), no Jardim Botânico, em João Pessoa.

A iniciativa de produzir e lançar a cartilha foi da Superintendência do Meio Ambiente (Sudema), em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana (Semdh), órgãos municipais e as federações de religiões afro-brasileiras. “A cartilha também contem informações sobre legislações relacionadas com o meio ambiente, conceitos sobre educação ambiental e desenvolvimento sustentável, e licenciamento de terreiros”, informou o gerente de Equidade Racial, da Semdh, Roberto Silva.

Para ele, essa iniciativa aproxima o segmento à gestão pública e garante diálogo permanente para discutir outras questões. “Estar em permanente diálogo com a sociedade civil, em especial com as comunidades tradicionais de terreiros fortalece o vínculo entre a população e o governo, estimulando inclusive, a intersetorialidade para o desenvolvimento de outras políticas relacionadas”, explicou. Na solenidade  também houve o lançamento da campanha “Lixo não tem Axé, em busca da sustentabilidade pela fé”, em conseqüência do dia de Iemanjá, comemorado em 08 de dezembro. O objetivo dessa campanha é amenizar o impacto de materiais deixados nos mares.

Cartilha – A cartilha está à disposição da população e pode ser adquirida da sede da Sudema, localizada na  avenida Monsenhor Walfredo Leal, 181 – Tambiá, na Semdh, situada na Av. Epitácio Pessoa, 1457 (2º andar) ou nas Federações de Cultos Africanos.

Saiba mais – As práticas religiosas na natureza têm origem milenar, ocorrendo em inúmeras vertentes culturais, entre as quais estão as religiões dos povos de terreiro. Essas práticas reverenciam a força da natureza, como as matas, rios, cachoeiras, praias e montanhas, além de estradas, encruzilhadas e trevos. A cartilha estimula a forma de como as preparações das oferendas podem ser feitas, sem a degradação do meio ambiente, levando em consideração e o respeito ao culto e a cultura afro-brasileira.