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SES pede que municípios intensifiquem vacinação animal para cumprirem meta de cobertura

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013 - 12:23 - Fotos: 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) dirigiu apelo aos municípios para que intensifiquem suas campanhas de vacinação contra raiva animal, de maneira que o Estado atinja a meta de cobertura estabelecida pelo Ministério da Saúde. A campanha foi iniciada em 1º de dezembro e segue até o dia 30 deste mês.

A meta na Paraíba é imunizar 414.892 cães e 192.751 gatos. Até agora foram vacinados 373.204 cães e 116.811 gatos, uma cobertura de 71,9%. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 80%.

O chefe de Núcleo de Controle de Zoonoses da SES, Francisco de Assis Azevedo, disse que o Ministério autorizou a prorrogação da campanha e explicou o motivo para a ampliação do prazo é a necessidade de atingir o índice de cobertura vacinal estabelecido como margem de segurança.

A maioria dos municípios realizou a vacinação no ‘Dia D’ da campanha, mas não deu sequência ao trabalho. “Agora vamos fazer reuniões para sensibilizar os novos gestores e assim melhorar os indicadores”, explicou Assis.

Segundo ele uma série de fatores tem dificultado o alcance da meta: “A transição política dos gestores municipais, final de mandato, muitas demissões de pessoal e outras razões. Dezembro é um mês muito ruim para esta atividade”, revelou.

Somente quatro Gerências Regionais de Saúde superaram a meta preconizada pelo Ministério da Saúde. Em Guarabira, sede da 2ª Gerência, formada por 25 municípios, a cobertura foi de 86,9%. Em Catolé do Rocha, sede da 8ª Gerência, com 14 municípios, a vacinação atingiu 87,4%. Em Cuité (4ª Gerência) com 12 municípios, a cobertura foi de 93,1%, e em Monteiro, sede da 5ª Gerência com 16 municípios, a vacinação atingiu 80%.

A doença – A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida ao homem por meio da mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas ou pele lesionada por animais raivosos, provocando uma encefalite viral aguda. A transmissão ocorre quando o vírus rábico existente na saliva do animal infectado penetra no organismo.

A doença acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais, e a única forma de evitá-la é pela vacinação anual, que não tem contraindicação.

A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural, os bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos são os principais elementos transmissores da raiva; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins, macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo aéreo, os morcegos representam o maior perigo; e no ciclo urbano os principais elementos responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os cães e gatos.