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Seminário sobre Agroecologia termina com elaboração de Carta de Campina Grande

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013 - 18:45 - Fotos: 

SONY DSCSugerir e encaminhar, de forma prática, ações voltadas à geração de emprego e renda, com foco nas atividades agrícolas e não agrícolas de base agroecológica. Este é o principal objetivo da Carta Agroecológica de Campina Grande, apresentada nesta quarta-feira (20), no encerramento do seminário “Paraíba: Desertificação, Agroecologia e Desafios da Sustentabilidade”. O evento, realizado no Centro de Convenções Raymundo Asfóra, reuniu mais de 500 participantes, durante dois dias.

A Carta Agroecológica propõe, entre outros assuntos, a criação de um comitê estadual com instituições públicas, privadas e não-governamentais para debater os avanços e necessidades da agroecologia em toda a Paraíba. O grupo terá responsabilidade sobre a elaboração de políticas de incentivo e cobrança em relação ao tema. O documento ainda reforça a importância da orientação técnica, produção e aquisição de sementes, divulgação de feiras agroecológicas, incentivo do manejo do solo, modos de produção e parcerias.

“O documento vai ser fundamental para fomentar áreas de pesquisa, estimular a formação de grupos de discussão e atuar com ações práticas nesse sentido”, declarou o gestor do Projeto Cooperar, Roberto Vital. “Além disso, é importante ressaltar a participação de agricultores, indígenas, quilombolas, técnicos, organismos governamentais, não-governamentais, pesquisadores, estudantes e representantes de outros grupos na elaboração da carta, de forma democrática”, acrescentou.

SONY DSCDebates e palestras – A Carta de Campina Grande não foi o único destaque da programação do seminário nesta quarta-feira (20). Dezenas de participantes firmaram parcerias e compartilharam experiências sobre a importância da agroecologia. O agricultor Damião Veríssimo, que é presidente do Núcleo de Integração Rural de Capoeira, no município de Pedra Branca, não conhecia as vantagens da agroecologia e agora pretende mudar a forma de produção depois de adquirido o conhecimento. “Nunca imaginei que o uso de agrotóxico fosse tão mal para a humanidade. Quando voltar ao campo, eu pretendo mudar meus hábitos e incentivar outros agricultores a produzir sem veneno”, revelou.

Com a mesma opinião, o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Serra Branca, em Santana dos Garrotes, Francisco Júnior, disse que “a gente viu no seminário que tem região que nem é mais produtiva, resultante do uso de agrotóxicos e da desertificação. Precisamos lutar contra isso”.