O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, sediou nesta terça-feira (30), I simpósio Estadual de Doença Falciforme que tem como slogan: Cuidar faz a diferença!. O Evento aconteceu no Auditório do Hotel Serrano em Campina Grande.
Durante o encontro foram abordados os seguintes pontos: O que é doença falciforme/condutas básicas/perguntas, situação atual da política nacional de atenção integral às pessoas com doença falciforme, linha de cuidado em doença falciforme, auto cuidado em doença falciforme, aconselhamento genético da doença falciforme e orientação genética do traço, conduta odontológica em pacientes com doença falciforme e o que seria uma boa atenção a pessoa com doença falciforme.
De acordo com a coordenadora da Saúde da População Negra da Secretaria de Estado da Saúde, Durvalina Lima, o objetivo do evento é levar o conhecimento e fortalecer a discussão da doença Falciforme, que tem em seu contexto 103 anos do seu primeiro diagnóstico. Além disso, a ideia é discutir também o fluxograma de atendimento a pessoas com a doença. “A doença Falciforme ainda é silenciosa e desconhecida da população e em muitas vezes dos profissionais de saúde, por isso, a necessidade de abordar a temática com a finalidade de levar qualidade aos serviços prestados na perspectiva de políticas públicas universal, integral e equânime”, destacou Durvalina.
Para compor a mesa de abertura foram convidados a Gerente Executiva de Atenção à Saúde da SES, Patrícia Assunção, a Técnica da Saúde da População Negra da Secretaria de Estado da Saúde, Durvalina Lima, Membro do Comitê de Assessoria Técnica/CAT da DF do Ministério da Saúde, Maria Cândida Queiroz, o Gerente da Promoção da Igualdade Racial, José Roberto e o Representante da Associação de Pessoas Portadoras de Anemias Hereditária (ASPPAH), Dalmo Oliveira.
Para Maria Cândido Queiroz, Membro do Comitê de Assessoria Técnica/CAT da DF do Ministério da Saúde, o Governo da Paraíba está de parabéns pelo compromisso e a atenção com as pessoas portadoras da doença falciforme. Maria Cândido destacou ainda, a importância do diagnóstico precoce, atenção integral e o envolvimento da população no processo, além da articulação dos serviços em rede, acesso aos protocolos e portarias que garantem uma atenção de qualidade às pessoas portadoras da doença.
No País existem mais de 30 mil pessoas cadastradas com a Doença nos hemocentros e hospitais de referência, segundo o Ministério da Saúde. Na Paraíba são mais de 300 pessoas com a Anemia Falciforme, segundo informações da Associação de Pessoas Portadoras de Anemia Hereditária – ASPPAH.
Os sintomas da doença são diversificados, como dores ósseas, dores na barriga, infecções repetidas, podendo levar à morte. Crianças e adultos podem apresentar palidez e ter o branco dos olhos amarelado, o que pode ser confundido com hepatite.
O reconhecimento da doença no recém-nascido é feito pelo teste do pezinho, na sua primeira semana de vida. Crianças maiores de quatro meses, jovens e adultos que não fizeram o teste do pezinho podem realizar o exame de sangue para o diagnóstico da doença.
Tratamento – Na Paraíba, os pacientes com anemia falciforme podem receber tratamento nos Hemocentros e também nos hospitais universitários Lauro Wanderley (em João Pessoa) e Alcides Carneiro (em Campina Grande). No Hemocentro, os pacientes passam por exames periódicos de hemograma, sorologia e eletroforese de hemoglobina pelo método Cromotografia Líquida de Alta Resolução (HPLC), além de receber medicação. O tratamento é realizado por uma equipe multiprofissional, formada por médico (hematologista), enfermeiro, assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e odontólogo.
A população pode obter mais detalhes sobre as doenças falciformes pelos telefones da Associação: 3225-4854/8897-1340/8850-1548/8809-4139 ou pelo e-mail: asppah@gmail.com e o endereço HTTP//:asppah.wordpress.com