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Saúde discute monitoramento do Programa Nacional de Controle da Tuberculose com o MS

quarta-feira, 17 de abril de 2013 - 17:18 - Fotos: 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) está recebendo durante toda esta semana a visita de técnicos da Ministério da Saúde para uma avaliação e monitoramento do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). A primeira reunião aconteceu nesta terça-feira (16), no Centro Formador de Recursos Humanos (Cefor-RH), com representantes dos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita e Cabedelo, que são considerados prioritários para  diagnóstico, controle e tratamento da doença.

Durante a reunião, foi feita uma análise da situação epidemiológica da tuberculose, tanto em nível de Brasil, como da Paraíba. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a taxa de incidência da doença é de 36,1 por cem mil habitantes, enquanto que na Paraíba essa incidência é de 29,6.  Com relação à mortalidade, a taxa de incidência ficou em 2,4 para o Brasil e na Paraíba em 2,3.

A gerente operacional de Vigilância Epidemiológica da SES, Bernadete Moreira de Moura, explicou que durante toda essa semana os técnicos das áreas de Atenção à Saúde e de Vigilância do Ministério da Saúde, juntamente com os técnicos da Área Técnica de Doenças Endêmicas da SES, estão visitando os quatro municípios prioritários para conhecer as ações que estão sendo executadas pelos profissionais das Unidades de Saúde da Família com relação ao diagnóstico, controle e tratamento da tuberculose.  Em João Pessoa, os técnicos irão visitar o Hospital Clementino Fraga, que é referência no Estado para diagnóstico e tratamento da doença. 

Sobre a doença – A tuberculose é uma das doenças infecciosas documentadas desde mais longa data e que continua a afligir a humanidade nos dias atuais. É causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo-de-koch. Estima-se que a bactéria causadora tenha evoluído há 40.000 anos, a partir de outras bactérias do gênero Mycobacterium. 

Sintomas – Tosse consecutiva por mais de três semanas já é um sintoma de tuberculose e um motivo para que as pessoas procurem atendimento nas Unidades Básicas de Saúde para fazer o diagnóstico da doença. Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração.

Os casos graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de sangue, colapso do pulmão e acúmulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.

Tratamento – Apesar da facilidade de contaminação, a tuberculose tem cura. O tratamento é medicamentoso e dura seis meses. São utilizados quatro medicamentos, todos disponibilizados gratuitamente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com o Ministério da Saúde: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Depois que chegam ao Estado, os medicamentos são encaminhados para as Gerências Regionais de Saúde e chegam aos pacientes por meio das Unidades Básicas de Saúde.

Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, e não utilizar objetos de pessoas contaminadas.