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Paraíba vacina 93,21% contra Pólio e supera cobertura nacional

terça-feira, 2 de julho de 2013 - 17:46 - Fotos:  Ricardo Puppe

Campanha de vacinação contra Pólio Bica Foto Ricardo Puppe 41 270x202 - Paraíba vacina 93,21% contra Pólio e supera cobertura nacionalA Campanha de Vacinação Contra a Pólio na Paraíba já superou a cobertura vacinal no Nordeste e no país. Até a manhã desta terça-feira (2), o Estado já tinha vacinado 247.531 crianças de seis meses a menores de cinco anos, o que corresponde a 93,21% da meta de imunizar 252.297 crianças. Os dados foram divulgados pelo Núcleo de Imunização da Paraíba da Secretaria de Estado da Saúde.

A campanha foi iniciada no dia 8 de junho e vai se estender até a próxima sexta-feira (5). Esta é a 34ª edição da campanha e o 24º ano sem a doença no país. Até agora, no Nordeste a cobertura vacinal atingiu 89,06% da meta e a nacional 90,76%. Ainda de acordo com os dados, 169 municípios paraibanos alcançaram a meta determinada pelo Ministério da Saúde de vacinar 95% das crianças.

Esses resultados estão indicando que teremos uma campanha satisfatória com o alcance da meta e uma boa homogeneidade e ainda dá tempo dos pais comparecerem aos postos de saúde para vacinar seus filhos”, comentou a chefe do Núcleo de Imunização da Paraíba. Isiane Queiroga,

Ela explicou que o objetivo da campanha é manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para erradicação da Pólio com altas coberturas vacinais com homogeneidade e mantendo a adequada vigilância das Paralisias Flácidas Agudas. “A vacina confere proteção contra os três sorotipos do poliovírus (1, 2, e 3), tendo eficácia em torno de 90 a 95% com a administração de três doses”, explicou.

Isiane Queiroga garantiu que não há contraindicações absolutas para esta vacina. Porém orienta-se adiar a aplicação nas seguintes situações: pessoas portadoras de infecções agudas, com febre acima de 38ºC; com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina (estreptomicina ou eritromicina); reação anormal a esta vacina em anos anteriores; Imunidades deficientes (tratamento com imunossupressores ou de outra forma adquirida ou com deficiência imunológica congênita) e com história de paralisia flácida associada à vacina, após dose anterior da vacina.

A vacinação contra a paralisia infantil é administrada via oral, e é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante todo o ano nos postos de saúde para as vacinações de rotina. O Ministério alerta que todas as crianças menores de 5 anos tomem as duas doses da vacina durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

A orientação é para que os pais ou responsáveis procurem informações junto à Secretaria de Saúde do seu município para saber sobre locais de vacinação e horário de funcionamento.

A chefe do Núcleo de Imunização da Paraíba afirmou que a vacina é uma forma segura e eficaz de ficar imunizado contra determinadas doenças. Mas não é só por isso que manter o cartão de vacinas atualizado é tão importante. “Se a gente pensar direitinho, a vacina pode ser considerada um ato cívico, já que uma pessoa imunizada tem menos chances de transmitir doenças para a sua comunidade”, comentou.

Ela lembra que a prevenção e erradicação de doenças foram possíveis graças à utilização massiva da vacina, a exemplo da varíola, que foi erradicada no mundo inteiro, e da paralisia infantil, erradicada da América. A estimativa é de que as vacinas impedem 3 milhões de mortes por ano em todo o mundo.

Para os bebês, a importância é ainda maior. Como não possuem o sistema imunológico formado, eles têm mais chances de contrair doenças, e é por esse motivo que há vacinas também para recém-nascidos, mesmo que deixem as mamães e papais com o coração dolorido.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave, causada e transmitida por um vírus (o poliovírus). A contaminação se dá principalmente por via oral. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.