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Governo disponibiliza 50 mil unidades de reagente para vigilância da água

sexta-feira, 26 de julho de 2013 - 09:03 - Fotos: 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), vem monitorando e trabalhando os casos de Doença Diarreica Aguda (DDA) em todo o Estado. Alguns municípios apresentaram maior número de casos, porém sem registro de óbito pelo agravo. Por este motivo, a SES disponibilizará 50 mil unidades do reagente Colilert, um dos itens necessários para efetivação da vigilância da qualidade da água, para todos os municípios. O Colitert é um método enzimático que usa a tecnologia de substrato definido para a identificação de bactérias coliformes e Escherichia coli.

De acordo com a Portaria 2.914 de 2011, a Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano engloba todas as ações adotadas continuamente pela autoridade de saúde pública para verificar se a água consumida pela população atende a esta norma e para avaliar os riscos que os sistemas e as soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde humana.

Para sua efetivação, cabe aos municípios operacionalizarem essas ações de monitoramento das fontes de abastecimento e com coleta e envio das amostras para a rede de laboratório de referência”, disse a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares. De acordo com a portaria, cabe aos municípios os demais itens necessários e a efetivação do programa.

Além do Colitert, a SES vem realizando várias ações com relação à água para consumo humano, como qualificação dos técnicos das Gerências Regionais de Saúde (GRS) para multiplicação e operacionalização do programa Siságua; articulação junto à Cagepa para o controle da água; apoio técnico aos municípios no controle e vigilância da água, com visitas às GRS e municípios, articulando a rede assistencial e de vigilância; monitoramento contínuo pelo Sisvep – DDA e Siságua; reestruturação das unidades de monitorização das DDA; repasse da solução de hipoclorito de sódio a 2,5% recebida pelo Estado para todos os municípios utilizarem no tratamento da água utilizada para o consumo humano e estruturação e efetivação da rede de referência laboratorial para recebimento das amostras de água coletas pelos municípios.

Ficaram como referência o Lacen Estadual em João Pessoa, Regional Campina Grande, Regional Guarabira, Regional de Sousa, Cuité, Monteiro, Patos e Piancó”, disse Talita.

Doença Diarreica Aguda - A DDA é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos), cuja manifestação predominante é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Em alguns casos, há presença de muco e sangue. Podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, é autolimitada, com duração de dois a 14 dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição.

O modo de transmissão pode ocorrer pela via oral ou fecal-oral, sendo específico para cada agente etiológico. A transmissão pode ser indireta (ingestão de água e alimentos contaminados e contato com objetos contaminados, como utensílios de cozinha, acessórios de banheiros, equipamentos hospitalares) ou direta, pessoa a pessoa, como através de mãos contaminadas e de animais para as pessoas.

Os manipuladores de alimentos e vetores como as moscas, formigas e baratas, podem contaminar principalmente os alimentos e utensílios. Locais de uso coletivo, tais como escolas, creches, hospitais e penitenciárias apresentam maior risco de transmissão. O tratamento da doença diarreica aguda consiste em quatro medidas: correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico; combate à desnutrição; uso adequado de medicamentos; e prevenção das complicações.

Medidas de prevenção - Na ocorrência de casos ou surtos de DDA, atitudes simples, mas de extrema importância, podem sem adotadas por qualquer pessoa na prevenção e, consequentemente, no controle da doença. “Tais medidas devem ser implementadas visando a redução do risco da transmissão e da letalidade. Entretanto, ao apresentar diarreia, o indivíduo deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo”, explicou a gestora da SES.

As principais ações são: lavar as mãos antes, durante e após a preparação dos alimentos, depois de evacuar e urinar, ou após a troca de fraldas, antes da amamentação, ao manusear objetos sujos, depois de tocar em animais. Em localidades onde não houver o tratamento convencional da água feito pelas companhias de abastecimento, deve ser realizado o tratamento domiciliar da água a ser consumida, seguindo os seguintes procedimentos:

Filtrar a água utilizando filtro doméstico, ou coar com coador de papel ou pano limpo.

Na impossibilidade de filtrar ou coar a água: colocar a água em um vasilhame limpo e deixar decantar (descer o material em suspensão) até que fique limpa. Após a água decantar ou “assentar”, coletar a água da parte de cima do vasilhame e colocar em outra vasilha limpa onde será realizado o tratamento da água.

Colocar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água. Aguardar 30 minutos antes de beber a água.

Outra forma de tratamento da água é a fervura. Ferver a água durante cinco minutos. Marque os cinco minutos após o início da fervura/ebulição.

Acondicionar adequadamente a água tratada em recipientes limpos e devidamente fechados.

A solução de hipoclorito de sódio a 2,5% distribuída pelo Ministério da Saúde em frascos de 50 ml deve ser utilizada somente para tratamento da água para beber.

Para maiores informações, a população pode entrar em contato com o Núcleo de Agravos Transmissíveis na SES, pelo telefone (83) 3218 7331.