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Governo leva ações de saúde à população da Capital no Dia Mundial do Diabetes

terça-feira, 12 de novembro de 2013 - 10:16 - Fotos: 

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, elaborou uma programação especial para esta quinta-feira (14) Dia Mundial do Diabetes. As atividades vão acontecer no horário das 8h30 às 11h30 no Ponto de Cem Réis, em João Pessoa, numa parceria com o Unipê, Secretaria de Saúde Municipal e Sociedade Brasileira de Cardiologia – seccional Paraíba.

De acordo com Gerlane Carvalho de Oliveira, coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, a população terá direito a avaliação dos ‘pés do diabético’, orientações sobre os cuidados com os pés, testes de sensibilidade, teste de glicemia capilar, verificação de pressão arterial, avaliação antropométrica, orientação nutricional e orientação sobre o tabagismo, além do teste Fargerstrom, que visa analisar o grau de dependência de nicotina do organismo.

Na Paraíba, a Secretaria da Saúde desenvolve uma série de ações e políticas públicas de prevenção e combate à doença com a disponibilização de exames e orientações médicas. O Estado também desenvolve capacitação de saúde prisional instruindo os profissionais de saúde que trabalham com detentos a realizar essas ações nas unidades prisionais.

Também consta na programação deste ano a realização do Seminário sobre Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, oferecendo capacitação para profissionais de saúde de todo o Estado sobre o diabetes e outras doenças, e o Seminário de Manejo Clínico (que vai orientar os profissionais sobre a sistemática no tratamento do diabético), informou Gerlane Carvalho.

A doença – O diabetes é uma síndrome metabólica caracterizada pelo excesso de glicose no sangue. O problema é causado pela redução ou falta de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. A enfermidade pode ocasionar diversas complicações, entre as quais cegueira, derrame cerebral, impotência sexual, infecções e insuficiência renal. A diabetes mellitus está entre as cinco doenças que mais matam, se aproximando do topo da lista.

O diagnóstico precoce, seguido do controle do nível de açúcar no sangue, contribui para a prevenção desses males. Hereditariedade, obesidade, infecções graves, gravidez, cirurgias, estresse, envelhecimento e sedentarismo são alguns dos fatores que concorrem para o aparecimento do diabetes. A enfermidade apresenta alguns sintomas: sede exagerada, perda de peso, muita fome, desânimo, fadiga, tremores, visão embaraçada e cicatrização difícil, entre outros.

Existem dois tipos de diabetes: insulinodependente (1) e não insulinodependente (2). O tipo 1 é mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens, acometendo de 5% a 10% das pessoas que sofrem da doença. Os sintomas têm início súbito e a evolução clínica é rápida, se não for tratado com aplicações de insulina.

Já o tipo 2 tem uma incidência maior em adultos após os 40 anos e corresponde a 90% das pessoas que sofrem da doença. Entre os portadores do tipo 2, entre 60% e 90% são obesos. Ao contrário do tipo 1, neste caso os sintomas têm início lentamente, podendo a doença permanecer assintomática por muito tempo.

O Ministério da Saúde (MS) repassa aos municípios dois tipos de insulina: a NPH e a insulina regular, que são distribuídas gratuitamente aos insulinodependentes para que façam a aplicação em suas próprias residências. De acordo com o MS para que o tratamento surta efeito, as pessoas precisam prestar atenção para que a aplicação das doses aconteça sempre no mesmo horário, evitando prejuízo ao tratamento.

Alguns pacientes ainda fazem uso de dois tipos especiais de insulina: as insulinas basais e as de ação rápida. As primeiras são aplicadas no início da manhã ou no final do dia. Já as doses de insulina de ação rápida são aplicadas antes das refeições: do café, do almoço e do jantar.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o hábito alimentar também pode prejudicar o tratamento, pois muitas vezes os diabéticos têm o hábito de comer massas e os carboidratos afetam diretamente a produção de glicose e, consequentemente, a alteração das taxas de diabetes.

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) como resposta ao crescente número de casos em todo o mundo.

De acordo com a OMS, pelo menos 245 milhões de pessoas têm diabetes e um alto percentual vive em países em desenvolvimento. Em 30 anos, este número deve chegar a 380 milhões. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e 500 novos casos surgem a cada dia.

O objetivo desta data é chamar a atenção sobre a doença, sobretudo no que diz respeito ao acesso aos meios de prevenção e tratamento adequados e de qualidade para evitar complicações mais severas, reduzindo o impacto sobre os indivíduos, famílias e custos para os sistemas de saúde.

Dados – De acordo com a estimativa do Ministério da Saúde, baseado no Pacto pela Saúde, cerca de 5,3% da população de João Pessoa e do Estado é diabética. Na Paraíba são 3.766.528 habitantes e 199.626 diabéticos, enquanto em João Pessoa há 723.515 habitantes e 38.346, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que a doença foi responsável por 1.931 mortes em 2011 e 1.722 em 2012, enquanto neste ano já foram registrados 1.277 óbitos. Em João Pessoa foram 445 óbitos em 2011, 377 em 2012 e 289 em 2013. Os pacientes diabéticos poderão ser atendidos e acompanhados nas Unidades de Saúde do Município e em caso de intercorrências em qualquer hospital público ou privado.

Segundo a pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) o diabetes está crescendo na Paraíba, acompanhando a tendência Nacional. Em mulheres, o percentual subiu de 5,7%, em 2011 para 6,4% em 2012. Apesar do aumento, a prevalência de homens que informaram ter a doença na Paraíba é de 5,4%, continuando inferior a das mulheres.

Ação – O Governo Federal lançou o programa ‘Saúde Não Tem Preço’ que garante a gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes nas Farmácias Populares. A ação beneficia 33 milhões de brasileiros hipertensos e 7,5 milhões de diabéticos. Além de ajudar no orçamento das famílias mais humildes, que comprometem 12% de suas rendas com medicações.

Para ter acesso aos medicamentos é preciso apenas ir até uma farmácia da rede ‘Aqui Tem Farmácia Popular’ com o CPF, documento com foto e receita médica válida da rede pública ou particular. São mais de 17 mil farmácias conveniadas em todo Brasil.