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Aesa ressalta medidas que reduzem consumo de água do açude Boqueirão

sexta-feira, 25 de outubro de 2013 - 16:48 - Fotos: 

25.10.13 entidades discutem monitoramento acudede boqueiro 1 270x179 - Aesa ressalta medidas que reduzem consumo de água do açude BoqueirãoO uso racionalizado da água, o combate ao desperdício e a limitação da irrigação contribuíram para reduzir a vazão do açude Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão. O escoamento caiu da 1.450 litros de água por segundo para 1.380 l/s. Os dados foram apresentados nessa quinta-feira (24) pelo Governo do Estado, por meio da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e a Cagepa, durante reunião na sede da Promotoria do Meio Ambiente em Campina Grande, que contou com a participação de representantes da Agência Nacional das Águas, prefeituras, Associação de Irrigantes e parlamentares.

O presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho, fez uma avaliação positiva em relação às medidas adotadas em julho para evitar no futuro um colapso no abastecimento de Campina e outras 20 cidades do Compartimento da Borborema, na hipótese de prologamento da estiagem. “Todos os pressupostos funcionaram bem. Começaram as ações de economia de água por parte da Cagepa com medidas de contenção de desperdício. Ao mesmo tempo, os irrigantes nos surpreenderam e foram grandes parceiros nesse processo, reduzindo significativamente o consumo por água. Não tenho a menor dúvida de que vamos atravessar o verão airosamente e a próxima estação chuvosa trará a recomposição do reservatório”, assinalou.

25.10.13 entidades discutem monitoramento acudede boqueiro 3 270x179 - Aesa ressalta medidas que reduzem consumo de água do açude BoqueirãoO dirigente da Aesa ressaltou que só podem ser irrigadas áreas com até cinco hectares e informou que o reservatório tem capacidade para acumular mais de 411 milhões de metros cúbicos de água e atualmente está com pouco mais de 41% de sua capacidade.

Por sua vez, o diretor de Operação e Manutenção da Cagepa, o engenheiro José Mota Victor, destacou que a companhia está investindo R$ 5 milhões na automação dos sistema integrado de Campina Grande e região, a fim possibilitar um controle em tempo real dos dados de produção e consumo, evitando o gasto inútil da água. “Vão ser criadas 71 estações de controle, a partir de equipamentos eletrônicos para zerar o desperdício”, frisou José Mota.

Ainda na reunião, o superintendente de regulação da ANA, Rodrigo Flecha, revelou que foi feito o cadastramento de 440 irrigantes que utilizam uma área de 726 hectares de irrigação, de um total de 1.235 hectares. A maioria dos pequenos agricultores utiliza as técnicas de gotejamento para sua produção. “Por todos esses elementos, acreditamos que ainda está longe de termos um cenário de racionamento”, pontuou Rodrigo.